terça-feira, 3 de março de 2009

Marolinha ameaçadora

Do Tribuna da Imprensa

Marcelo Copelli

Em outubro do ano passado, o presidente Lula em uma tentativa de minimizar os efeitos da crise financeira, afirmou que, caso o tsunami americano chegasse às terras tupiniquins, o faria em forma de “marolinha” que não daria nem para esquiar. O discurso tem perdido sentido e força a cada semana. Em termos mundiais, as novas avaliações não são otimistas. As apostas de que o barco da economia global navegaria por mares mais tranquilos a partir do segundo semestre deste ano, são poucas.
Milhões de trabalhadores amargam a infeliz condição de estarem desempregados. Tem gente que afirma que o ápice da crise ainda não ocorreu e crescimento, no mínimo, só daqui há dois anos. O País já apresenta uma quantidade expressiva de cidadãos fora do mercado de trabalho. É preciso, e de forma emergencial, que os governantes viabilizem a aceleração da redução da taxa básica de juros. Tudo está muito lento. Enquanto o Japão, “a Terra do sol nascente”, trabalha com uma taxa de juros negativa, nos Estados Unidos a taxa é zero e na Europa, de 1%, no Brasil ainda está acima de 12%.
Fora isso, tem a questão da carga tributária sobre as empresas. Dizer que “vai passar” e que é preciso manter a calma não surte muito efeito quando a questão é a própria sobrevivência. De marolinha, a crise não teve nada. Pior do que estar à deriva é não saber para onde os ventos estão levando. A falta de botes salva-vidas já é imensa. .

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