quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Descontrole Emocional



"Descontrole emocional é quando reações impulsivas, nascidas de emoções como a irritação, o medo, a vergonha ou o orgulho, nos impedem de usar a razão e tiram nosso domínio das conseqüências do que falamos e fazemos; tornam-nos cínicos e cruéis." Rita Foelker

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Fome no mundo atinge 1 bilhão de pessoas




O Programa Mundial de Alimentos (PMA), órgão ligado à ONU, informou nesta quarta-feira (16/9) um penoso recorde: pela primeira vez na história, o número de pessoas que passa fome no mundo superou o bilhão. Ao mesmo tempo, os países seguem cortando as ajudas humanitárias por causa da crise, ao ponto de que as doações caíram ao nível de 20 anos atrás. Uma combinação, que a diretora do PMA, Josette Sheeran, qualificou de “receita para o desastre”.

A reportagem está publicada no jornal espanhol El País, 17-09-2009. A tradução é do Cepat.

Este ano, os países confirmaram apenas 1,8 bilhão de euros dos 4,6 bilhões necessários para alimentar 108 milhões de pessoas, informou Sheeran. As consequências logo serão vistas em seus programas no Quênia, Guatemala e Bangladesh, que requerem intervenções urgentes. A Organização necessita de dois bilhões de euros extras para enfrentar seus problemas este ano.

Sheeran destacou que com menos de 1% do que os países ricos gastaram para salvar os sistemas financeiros, se poderia solucionar a fome – com algo mais que “soluções de longo prazo”, insistiu – e por isso instou os países do G-20 (as economias mais ricas e as emergentes) para que aproveitem a próxima reunião em Pittsburgh (Estados Unidos), porque têm “uma oportunidade ideal para colocar a fome no mapa”.

A situação só será solucionada quando “o mundo tomar a fome a sério”, disse Sheeran. O grupo que acompanha o desenvolvimento dos Objetivos do Milênio da ONU criticou nesta quarta-feira o descumprimento dos compromissos por parte dos países. Desde 2005, o G-20 deixou de dar 23 bilhões de euros anuais.

SOCIEDADE: A doença do consumo desenfreado


João Alexandre Peschanski

Da Redação do Brasil de Fato


A sociedade contemporânea está doente. Homens e mulheres, descontroladamente, são levados a comprar, sem necessidade. Fazem do consumo uma opção de lazer e uma forma de libertação. Os shopping centers se tornaram os templos dessa sociedade - doente - de consumo. Reivindicam o espaço público, mas não passam de comunidades fechadas e restritas, onde se mantém a dominação do rico sobre o pobre. A análise é da socióloga Valquíria Padilha, que acaba de lançar o livro Shopping center: a catedral das mercadorias (Boitempo Editorial, 2006), resultado de sua pesquisa de doutorado. Em entrevista ao Brasil de Fato, por correio eletrônico, Valquíria contou que se dedicou a estudar o papel dos centros comerciais no lazer dos brasileiros. Sua conclusão estarrece: o shopping center cria um novo tipo de sociabilidade, mas uma sociabilidade destrutiva. Tanto para o ambiente, quanto para o cidadão. É a manifestação de uma sociedade doente, cuja cura só se dá sob uma transformação radical.


Brasil de Fato - Por que os shopping centers assumem tanta importância na vida das pessoas, a ponto de ser considerados indispensáveis para algumas delas?


Valquíria Padilha - A importância desse templo do consumo vem crescendo, nos últimos 40 anos. O shopping center integra o projeto capitalista estadunidense chamado de american way of life, que espalha pelos quatro cantos do mundo o estilo de vida nos Estados Unidos. O cinema foi e ainda é o principal veículo para disseminar esse conceito, acompanhado do shopping center, do fast food e do automóvel. Sem se dar conta, as pessoas vão assimilando a "cultura" estadunidense e a necessidade de integrar a chamada sociedade de consumo. O shopping center ganhou espaço nas sociedades capitalistas porque passou a signifi car uma nova cidade, mais limpa, segura, moderna, organizada e mais seletiva que a cidade real, aquela realidade que eu denomino de "mundo de fora".


BF - Qual o impacto dos shopping centers na definição do espaço público e da cidadania?


Valquíria - Como nas últimas décadas as cidades e os espaços públicos entraram em um processo de declínio, acentuado com a implementação de políticas neoliberais, a noção de coletividade e de direitos sociais sofreu transformações. Com o desenvolvimento da sociedade de consumo, os sujeitos políticos - aqueles que têm deveres mas também têm direitos - foram praticamente engolidos pelos sujeitos consumidores - aqueles que vivem para produzir e gastar o salário, consumindo muito mais do que realmente precisariam para sobreviver. O shopping center, essa cidade artificial criada estrategicamente para incitar os desejos de compra, é um lugar privado travestido de público. Portanto, é uma comunidade sem política, uma comunidade sem governo, sem democracia, sem discussão de assuntos que interessam à coletividade. Não acredito no consumo como um ato coletivo, por mais que consumir tenha um significado social na medida em que demarca status e diferenciação entre as pessoas. Não acho possível falar em consumidor cidadão. Cidadania exige espaço público, que não existe no shopping center.


BF - No caso brasileiro, fala-se em dois níveis de cidadania: dos ricos, que podem tudo, e dos pobres, que são uma espécie de subcidadãos.


Valquíria - No Brasil e nos países onde a desigualdade social é mais visível, a violência urbana aparece como um complexo fenômeno que acentua a degradação do espaço público e empurra as camadas privilegiadas da população para lugares mais "protegidos", como o shopping center ou, para os mais endinheirados, a loja Daslu, em São Paulo. A cidadania e a democracia partem do princípio de que todos têm os mesmos direitos na vida em sociedade. Mas, na prática, os que têm mais dinheiro acabam tendo mais direitos que outros. A cultura do consumo nasce e se estabelece sobre os ideais da liberdade individual de escolha, o que gera uma equação complicada do ponto de vista da política e da cidadania, uma vez que a liberdade de escolha é maior, no capitalismo, para quem tem mais dinheiro. Então, quanto mais se acentua a liberdade individual do consumidor, mais a vida pública se debilita.

Tudo o que há


Do O Ver o Mundo


Por Mia Malafaia


Não existe fómula mágica para nada na vida. A única coisa que nos impulsiona, nos move, nos faz melhores ou piores; são os nossos sonhos. As vezes nos deparamos com fracassos, dores, terrores que nos fazem pensar que nunca conseguiremos, mas se temos sonhos, continuamos a tentar mesmo que remando contra a maré. Mesmo quando nos dizem que é improvável, impossível, irreal... estamos lá! Fortes em nossos objetivos, pulsantes e eufóricos com cada pequeno resultado.


Acreditar faz a diferença! Mesmo que seu sonho pareça absurdo aos olhos dos outros... acreditar é o que nos dá força, gás! Parece que quanto mais inatingível é, mas motivados somos!


E quando nada funciona, ficamos nos perguntando: "O que fizemos de errado?" " Onde está a solução?" "Quando será?" Mas não deixamos de crer!


A Fé é realmente a certeza daquilo que não vemos, mas que de alguma forma sabemos que irá acontecer! Simplesmente porque cremos!


E quando se está no fundo do poço, esgotado, cabisbaixo, sufocado por lágrimas que não se deixam mostrar... ainda assim, cremos! Não abandonamos nossos sonhos, não nos deixamos vencer pelo fracasso.


Por que acreditamos que só quem nos derrota de fato somos nós mesmos! Cabe-nos a triste tarefa de cerrar o pano... de desistir sem ao menos tentar... de dizer não ao que talvez esteja a um milésimo de segundo de se conquistar!


Mas somos teimosos! Persistentes! Obstinados! Somos aquela fagulha de esperança de quem jamais deixou algo pela metade! Vamos até o fim e lá recomeçamos! Pois a essência do sonho é fazer-se cumprir!


E quando se fecha os olhos e se consegue ver... tudo se renova! Lá está a perseverança intrínseca e estimuladora de novos caminhos a serem seguidos.


Criamos planos, estratégias, rumos, mapas... e as coordenadas nem sempre são perfeitas, mas o que importa??? Queremos alcançar! Queremos saber qual é o sabor da vitória!


São os sonhos que movem o mundo. São os nossos sonhos que nos dão coragem de continuar... são eles que nos dizem a todo tempo o que fazer. A única diferença que existe entre o fracasso e o sucesso é a forma com que lidamos com cada pedra no caminho...


Uns fazem castelos com cada uma delas... outros tropeçam e caem!Não existe mágica, nem sorte, nem maior ou menor... tudo o que há, são sonhos! Uns, constroem labirintos impenetráveis... outros, controem soluções!

Ciro, Aécio, a pesquisa IBOPE e os dilemas do PT

Do blog Escrevinhador

Por Rodrigo Viana

Conversei nesta segunda-feira, em São Paulo, com uma das principais lideranças do PT. Parlamentar experiente, acostumado a costuras de bastidor. Foi uma conversa em "off", não uma entrevista. Também participou o jornalista João Beltrão - meu colega na TV Record.
A sucessão presidencial passa por ele, um lulista que não é do PT
O político petista disse-nos com toda as letras: o PT prefere enfrentar Serra do que Aécio. "Se Serra desistir e Aécio for o candidato, a candidatura Dilma terá muita dificuldade", afirmou. Há duas explicações pra isso...
1) Aécio teria o perfil do "pós-Lula", seria mais difícil colar no governador de Minas a marca de "volta ao passado, volta a FHC"; o PT acha que será mais fácil disputar com Serra, que foi ministro de FHC; o PT pretende fazer campanha comparando os números dos dois governos. "E aí ganhamos a parada; num plebiscito Lula ou anti-Lula, nós ganhamos", disse o petista
2) Se Aécio for o candidato, Ciro teria dificuldades em disputar; Ciro é amigo pessoal de Aécio, e poderia até dar apoio informal a Aécio, "embaralhando o quadro".
O petista também disse, a mim e a João Beltrão, que a prioridade total do PT é conseguir o apoio do PMDB. "Abriremos mão de cabeça-de-chapa nos Estados, e de tudo que for preciso, para ter o PMDB na aliança nacional, precisamos do tempo de TV do PMDB, para expor Dilma no horário gratuito, e comparar o governo Lula ao governo de FHC", disse.
A conversa ocorreu antes de a pesquisa CNI/IBOPE ser divulgada. Faço uma ressalva: a pesquisa é confiável? Tenho algumas dúvidas, depois de tudo que Montenegro (presidente do IBOPE) andou falando por aí. Mas, digamos que os números estejam certos...
Aqui, o texto do Estadão sobre a pesquisa - http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,serra-lidera-todas-as-simulacoes-de-voto--divulga-cniibope,439092,0.htm (obs - é hilário que o jornal tente esconder a queda de Serra, só fala disso lá pelo meio do texto; imagina que o leitor sejá um otário).
Mas a pesquisa traz dados importantes. Vejamos...
1) Serra e Dilma caíram (aparentemente, Marina tirou voto dos dois, igualmente);
2) Ciro subiu (o que se xplica, em parte, pela exposição do ex-governador cearense, que apareceu em inserções do PSB na TV nas últimas semanas).
3) Serra é o mais conhecido entre os eleitores (o que mostra, aparentemente, alguma fragilidade, já que apesar disso ele não consegue ultrapassar a barreira dos 35%); mas Serra é também o menos rejeitado (e aí, aparentemente, está um trunfo - o candidato mais conhecido é o menos rejeitado).
4) Quando Aécio substitui Serra como candidato tucano, Ciro lidera, folgado.
Diante de tudo isso, algumas conclusões deste "Escrevinhador"...
A) Apesar da queda de quatro pontos no cenário principal da pesquisa, os números ainda conspiram a favor de Serra como candidato tucano: ele está em primeiro, folgado, e tem a menor taxa de rejeição (apesar de ser "vitrine" no maior Estado brasileiro). Apesar disso, tanto na oposição, como entre os governistas, cresce a impressão de que Aécio (e não Serra) seria o candidato ideal para os tucanos.
B) Marina tira votos tanto de Serra como de Dilma. Mas, sem uma aliança forte (e tudo indica que não terá essa aliança), tende a cumprir trajetória semelhante a de Heloisa Helena em 2006.
C) Ciro, mais do que Marina, é quem embaralha o quadro pra valer. Ao contrário de Marina, ele não é um candidato dúbio (meio tucano-meio lulista). Não. Ciro assume que é lulista até o fim. Esse é um grande trunfo: um lulista que não é do PT.
D) Se o PT (como disse o petista ouvido por este "Escrevinhador") prioriza de forma "absoluta" a aliança com o PMDB, isso joga no colo de Ciro os seguintes partidos: PDT, PCdoB e, talvez, PTB. Não é um palanque fortíssimo, mas oferece base suficiente para que Ciro chegue ao segundo turno. E, aí, no caso de Dilma não chegar, Ciro teria o apoio de Lula e do PT.
Para concluir. O PT acha que Ciro Gomes toparia até ser o vice de Dilma, numa chapa (aí, sim) fortíssima em 2010. Só que o PMDB exige a vice para apoiar Dilma. Se o PT fechar com Ciro, fica sem o tempo do PMDB na TV.
Lula e o PT parecem já ter feito sua escolha: atrair o PMDB (a qualquer custo - o que me parece péssimo), e empurrar Ciro para a candidatura a governador de SP.
Só que Ciro mostrou grandeza. Bateu o pé. Empatou com Dilma na preferência do eleitor. E, cá entre nós, hoje parece muito mais afiado para um candidatura a presidente do que a ministra da Casa Civil. Quem viu Ciro no Canal Livre da Band (no último domingo) entende o que estou dizendo.
O que o PT fará se Ciro continuar crescendo, e aparecer claramente como o segundo nas pesquisas?
O nó da sucessão - hoje - está aí. E não na candidatura Marina.

Governador acelera obras de duplicação da BR-104

Do Blog da CDL

As obras de duplicação da BR-104 vão ganhar um novo ritmo a partir da semana que vem. O governador Eduardo Campos pediu ontem, ao visitar dois canteiros de obras da rodovia em Caruaru, que as empresas responsáveis toquem os trabalhos também no turno da noite. “Assim vamos gerar mais empregos e renda para o povo da região e diminuir o período de transtornos para a população”, justificou Eduardo.

O pedido foi atendido de imediato e já na próxima segunda-feira, dia 28, o segundo turno de trabalho será aberto. Com isso, a entrega da estrada, antes prevista para junho de 2011, deve acontecer ainda em 2010. “Já os trabalhos no trecho que corta Caruaru serão concluídos em abril, ao invés de junho do próximo ano, como estava previsto”, garante o secretário de Transportes, Sebastião Oliveira.

As empresas Delta Construtora, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia formam o consórcio responsável pelas obras. Além do restauro e da duplicação da pista, serão construídos dez viadutos para desafogar o trânsito de Caruaru e facilitar o acesso à rodovia - todos eles já em obras. As desapropriações também estão em ritmo acelerado. Até agora já foram pagos aproximadamente R$ 375 mil em indenizações às famílias.

A nova “Rodovia da Confecção” vai custar R$ 308 milhões em recursos divididos entre Orçamento Geral do Estado, Orçamento Geral da União e também do PAC. O trecho que será duplicado tem 51,4 km de extensão e vai da entrada da PE-160, no distrito de Pão de Açúcar em Taquaritinga do Norte, até a entrada da BR - 149 em Agrestina.

A rodovia tem hoje um fluxo diário de 12 mil carros. Recomenda-se no Brasil que, numa estrada de mão única, trafeguem no máximo oito mil carros/dia. Além de melhorar as condições de tráfego e segurança e aumentar para 25 mil o número de carros nos dias de feira e para 15 mil em dias normais.

Moradores, turistas e comerciantes do Polo de Confecções do Agreste, formado pelos municípios de Santa Cruz do Capibaribe, Taquaritinga do Norte, Toritama, Caruaru e Agrestina serão beneficiados. As roupas fabricadas nesses municípios são vendidas em todo o Brasil e em alguns países da América do Sul. A produção estimada é de 57 milhões de peças/mês.

A BR-104 também vai interligar Pernambuco à Paraíba, via Campina Grande. “Essa rodovia liga todo o Polo de Confecções do Agreste, o mais importante do Nordeste brasileiro e que gera mais de 100 mil empregos. É um corredor que já merecia ser duplicado há algum tempo e, junto com o Governo Federal, que a inseriu no PAC, estamos conseguindo tirá-la do papel e transformá-la em realidade”, concluiu Eduardo, que visitou as obras em companhia do vice-governador e secretário de Saúde João Lyra Neto e do prefeito de Caruaru, José Queiroz.
Do Diário Oficial

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A que preço estamos negociando o futuro da infância?


Do site Projeto criança


Por Maria Helena Masquetti

Aconteceu mais uma vez. O Kids & Tweens Power Brasil 2009, a maior conferência já realizada no país sobre o poder de consumo de crianças e adolescentes, foi realizado entre 25 e 27 de agosto. Sem autorização explícita da sociedade, os mais gabaritados profissionais de comunicação se reuniram novamente para dissecar o modo de ser, os gostos, os anseios, os temores e os questionamentos de nossas crianças e adolescentes. O objetivo, como de hábito, é utilizarem-se, em seguida, dessas informações a fim de desenvolverem ações para fidelizar o público alvo a produtos e marcas, não só a curto como a longo prazo. Um jogo desigual, no qual o negócio é bom apenas para uma das partes face à incapacidade das crianças de julgar o caráter persuasivo das mensagens comerciais. Embora resistentes à ideia de não mais anunciarem para as crianças, a novidade no evento foi a discussão preocupada (finalmente) com os aspectos legais da publicidade para crianças, em função da forte pressão social por regulamentações.


É visível o abismo entre o evento e o que diz o primeiro promotor de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público de São Paulo, João Lopes, em entrevista ao documentário de Estela Renner Criança, a alma do negócio: "Se a criança, pela lei, não pode comprar nada por ser considerada incapaz pela legislação, como se admitir uma mensagem publicitária dirigida a ela, e muito menos uma peça publicitária que seja persuasiva?”.


Além dos projetos de lei pela proibição da publicidade dirigida à infância em tramitação no Congresso, as regras e legislações sobre as quais discutiram são as que tratam dos direitos das crianças, seja a Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a convenção da ONU ou o próprio Código de Defesa do Consumidor. Cada um desses diplomas legais, a seu modo, assegura que a criança deve ser colocada a salvo de toda forma de negligência; que o direito ao respeito consiste na inviolabilidade de sua integridade física, psíquica e moral; que ela deve ser protegida contra a exploração econômica; que é proibida toda publicidade que se aproveite de sua deficiência de julgamento e experiência. No entanto, a existência de um evento de marketing para crianças, por si só, significa que estas leis permanecem carentes de observância e de um único e claro comando legal que as englobe.


Acreditar no que ouve e vê é natural da criança e “viajar” na fantasia é essencial para o desenvolvimento de sua criatividade e para a construção de sua identidade. Infelizmente, é desta matéria prima que o marketing infantil se alimenta. Em lugar de honrar a infância, a sedução comercial invalida nas crianças seus verdadeiros valores e as obriga a renunciar a genuinidade diante da ameaça de exclusão de seus grupos: “Todo mundo está usando”, “E você, o que está esperando?”


Entre os temas discutidos no evento estiveram: “O encurtamento da infância e suas implicações no consumo”; “Como fidelizar e conquistar novos clientes utilizando o marketing de relacionamento dentro das escolas de educação básica” e “O público infantil como um dos segmentos mais promissores, especialmente para o mercado de cosméticos”. Pela naturalidade com que costumam argumentar que estão apenas indo ao encontro daquilo que o público deseja, parecem não admitir que a maioria dos desejos de consumo hoje manifestados por crianças e adolescentes têm sido implantados neles pela própria ação contínua da comunicação mercadológica.


A infância não estaria sendo encurtada se as crianças não fossem chamadas para fora dela tão insistentemente pelo assédio consumista, contribuindo, entre outros problemas, para o aumento dos índices de gravidez na adolescência. Segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher de 2006, até os 15 anos, 33% das entrevistadas já haviam tido relações sexuais. Os índices da Sociedade Brasileira de Pediatria, que apontam 30% das crianças com sobrepeso e 15% delas já obesas, poderiam diminuir sem tantas mensagens de alimentos não saudáveis e embalagens sedutoras. A violência não estaria sendo estimulada se as mensagens persuasivas não atingissem igualmente os que, muitas vezes, não têm acesso sequer aos itens básicos. Em 2006, os meninos reclusos à Fundação Casa (antiga Febem) revelaram às pesquisas da instituição que 55% de seus delitos foram de roubos, evidenciando a crença de que serão aceitos na sociedade pela quantidade de objetos caros que puderem ostentar.


Hoje, em 28 países, a publicidade dirigida às crianças ou é proibida ou rigorosamente controlada. E a lista publicada em 2005 pela revista The Economist conclui que os 10 países com melhor qualidade de vida têm restrições à publicidade para crianças. Em lugar de discutir formas de atraí-las para o consumo, o Kids & Tweens Power daria sua contribuição efetiva à sociedade se discutisse, por exemplo, por quê o consumismo na infância ainda é estimulado no Brasil. Cada vez mais as empresas buscam atrelar seus nomes e produtos à preocupação com a sustentabilidade do planeta. Que este discurso seja, então, efetivo e baseado na reflexão coletiva sobre o preço que pagaremos se levarmos ao futuro crianças fazedoras de montanhas de lixo e cujo sentido de felicidade seja o ter em lugar do ser.


*Maria Helena Masquetti, 57, é psicóloga, possui especialização em Psicoterapia Breve e de Emergência e integra a equipe do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana. Também foi publicitária por 12 anos.

O líder do século 21




segunda-feira, 21 de setembro de 2009

RELATÓRIO DO PLANETA TERRA




Do Planeta Voluntário




Se a população da Terra fosse reduzida à dimensão de uma pequena cidade de 100 pessoas, poderia observar-se a seguinte distribuição:


57 Asiáticos


21 Europeus


14 Americanos (norte e sul)


08 Africanos


52 mulheres


48 homens


70 pessoas de cor


30 caucasianos


89 heterossexuais


11 homossexuais




06 pessoas seriam donas de 59% de toda a riqueza e todos
eles seriam dos Estados Unidos da América.




80 pessoas viveriam em más condições.




70 não teriam recebido qualquer instrução escolar.




50 passariam fome




01 morreria




02 nasceriam




01 teria um computador




01 (apenas um) teria instrução escolar superior




Quando olha para o mundo nessa perspectiva, consegue perceber a real
necessidade de solidariedade, compreensão e educação?




Pensa também no seguinte?:


Esta manhã, se acordar com saúde, então é mais feliz do que 1 milhão de pessoas que não vão sobreviver até ao final da próxima semana.




Se nunca sofrer os efeitos da guerra, a solidão de uma cela, a agonia da tortura, ou fome, então é mais feliz do que outros 500 milhões de pessoas do mundo.




Se pode entrar numa igreja (ou Mesquita) sem medo de ser preso ou morto, é mais feliz do que outros 3 milhões de pessoas do mundo.




Se tem comida na geladeira, tem sapatos e roupa, tem uma cama e teto, é mais rico do que 75% das outras pessoas do mundo.




Se tem uma conta bancária, dinheiro na carteira e algumas moedas num moedeiro, pertence ao pequeno grupo de 8% de pessoas do mundo que estão bem na vida.




Se está lendo esta mensagem, é triplamente abençoado, pois:1.Alguém lembrou-se de você.




2.Não faz parte do grupo de 200 milhões de pessoas que não sabem ler.




3.E tem um computador!




Tal como alguém uma vez disse:


- "trabalha como se não precisasses do dinheiro;


- ama como se nunca tivesses sido magoado;


- dança como se ninguém estivesse a ver-te;


- canta como se ninguém estivesse a te ouvir;


- vive como se a terra fosse o Paraíso ."

Ficar rico para gozar a vida?


Quase sempre nos perguntamos o quanto seria necessário ganharmos para termos uma vida financeiramente tranqüila e bem sucedida. Os padrões podem variar bastante porque as opções de preço de produtos e serviços que necessitamos e desejamos também variam em grande proporção.


Um rico empresário foi passar suas férias numa praia da Bahia. Chegando lá, encontrou-se com um homem simples da localidade que, deitado em sua rede, tranqüilamente fritava um saboroso peixe próximo à beira da praia. O empresário, muito empreendedor logo começou a travar uma conversa amistosa com aquele morador da localidade, mais ou menos nos seguintes termos:


- Bom dia amigo

- Bom dia

- O que você está fazendo?

- Bem, como você mesmo pode ver, estou assando este saboroso peixe.

- Como você o conseguiu?

- Gosto de pescar

- E você pesca bastante?

- O suficiente para mim e minha família

- Mas, porque você não pesca mais?

- Pra que?

- Bem, se você pescar mais, poderia vender o peixe para outras pessoas e ganhar dinheiro.

- Pra que?

- Se você ganhar mais dinheiro, poderia adquirir um barco e pescar em águas mais profundas.

- Pra que?

- Você aumentaria sua produção e venderia ainda mais, ganhando mais dinheiro.

- Pra que?

- Você poderia então comprar um outro barco, contratar um empregado e colocá-lo para pescar junto com você.

- Pra que?

- Com dois barcos sua produção poderia aumentar ainda mais. Você venderia mais peixe e compraria um terceiro barco.

- Pra que?

- Logo você teria uma frota de barcos e uma grande produção de peixes.

- Pra que?

- Ora pra que? Pra você ficar rico!

- Pra que?

- Pra você gozar a vida!


Neste momento, o homem simples olhou para o rico empresário e disse:


- Meu amigo. E o que você acha que estou fazendo aqui?


O fato é que aquele homem simples já estava gozando a vida mesmo sem ser rico.


O cantor Louis Armstrong, em sua linda canção “What a wonderful world” (Que mundo maravilhoso) nos fala de muitas coisas que tornam o mundo maravilhoso, entre as quais ele cita: árvores verdes e rosas vermelhas; o céu azul e as nuvens brancas; o dia brilhante e abençoado e a sagrada noite escura; as cores do arco-íris; as faces das pessoas que caminham ao meu lado; amigos dando as mãos, dizendo, “como vai você?”; crianças crescendo e aprendendo.


E eu pergunto: Quanto essas coisas nos custam? Nada!Bom, então, quanto de dinheiro você necessita para gozar a vida, como fazia aquele homem simples da Bahia ou para ter o mundo maravilhoso cantado por Armstrong? Eu creio que tudo isso está muito próximo de você, mas talvez você esteja perdendo muito ou quase tudo em sua ânsia de ganhar mais e mais.


Sucesso!

A arte de não fazer nada.


Por Dr Ricardo Di Bernadi


Domenico de Masi, no seu livro "O ócio criativo" define o título do livro como sendo a junção entre trabalho, estudo e diversão. Segundo ele vivemos em uma sociedade paranóica por fazer. Trabalhar em excesso para conseguir coisas. O livro nos fala de pessoas que permanecem a vida inteira infelizes, em trabalhos que não trazem nenhum prazer, em relacionamentos mortos que só nos afastam cada vez mais dos nossos ideias espiritualistas.


Dalai Lama diz uma frase sensacional - Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.


A maioria de nós cria filhos competitivos, que desde cedo vivenciam vidas estressantes, cheias de regras, tarefas, fazer, estudar, competir, ser o melhor, num ciclo sem fim. Uma nota menor que a do colega pode gerar uma tempestade, mesmo que essa nota seja excelente. A neurose chega a ponto de alguns filhos absolutamente normais e tranquilos, serem taxados de bobos e estimulados a serem ansiosos, como se a ansiedade fosse a palavra mágica que conduz o mundo e gera vencedores.


A grande pergunta é, vencedor do que? Não podemos confundir a preocupação construtiva com a ansiedade destrutiva!


A medicina sabe de longa data que a reação física ao stress é permeada pelo aumento dos hormônios da glândula suprarrenal, o cortisol e a famosa adrenalina. Essa resposta fisiológica que nos coloca em posição de defesa, como se fossemos fugir causa algumas alterações clássicas como o aumento da frequência cardíaca, aumento da glicose (açucar) sanguínea e aumento o fluxo de sangue nos músculos entre outras. De forma simples e eventual, essa resposta é ótima e constitui um grande avanço na evolução da raça humana, porém se essa resposta se torna frequente e crônica as consequências são desastrosas para o organismo, aumentando as chances de Diabetes, Hipertensão, Infarto do miocárdio e Acidente vascular cerebral (Derrame).


Paulo nos fala na carta aos Hebreus 11:1, que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem, nos dando o maior de todos os antítodos ao stress e suas funestas consequências. Esperar na fé. Só isso. Na maioria das vezes, é só disso que precisamos. Se conseguimos esperar com tranquilidade as situações desesperadoras podem se transformar em bençãos nas nossas vidas. Mas se nos entregamos ao desequilíbrio, além de não colhermos a lição enviada para o nosso crescimento, adoecemos após a liberação contínua e desregrada de todos os hormônios do stress.


Infelizmente, nos dias atuais, a necessidade de estar fazendo muita coisa fala mais alto. Mulheres se desesperam quando não conseguem trabalhar e acham que cuidar de filhos é pouco, como se a maternidada já não fosse trabalho suficiente, além de a mais importante de todas as obrigações. Homens arrumam 3 turnos de trabalho para dar uma vida melhor aos seus, permanecendo dias sem trocar uma palavra com os filhos.


Em alguns momentos simplesmente não devemos fazer nada e isso pode ser ótimo. Não transforme sua vida em um carrosel maluco que anda em círculos a mil por hora. Pare um pouco, reflita melhor. Tente não fazer absolutamente nada sem se culpar pelo menos uma vez por semana. A vida física só tem sentido se espiritualmente estamos evoluindo.

O crack denuncia uma sociedade falida


Do Mundo Jovem


Manoel Soares,

jornalista e integrante da Central Única das Favelas (CUFA).


Mundo Jovem: O consumo cada vez maior de crack é sintoma de que alguma coisa está errada?


Manoel Soares: O crack se tornou o calcanhar de Aquiles de uma sociedade falida; uma sociedade que prega o consumo, o prazer, desvaloriza o que é o ser humano na sua mais pura essência. Ela ensinou às pessoas de uma geração que elas não tinham a menor possibilidade de alcançar a transcendência, porque a transcendência era ter. E essas pessoas não tinham. O que elas tinham era pouco e aí lhes surgiu ao alcance das mãos, pelo valor de cinco reais, uma substância que libera do cérebro muita serotonina. É uma combustão inevitável. Essa droga coloca à prova nossas bases sociais. Faz o pai se perguntar: como é que estou tratando o meu filho? A mãe se pergunta: até onde eu estou sendo parceira da minha filha? Porque o crack gera um prazer infinitamente maior do que o corpo humano seria capaz de suportar. Em algumas situações, é mais forte do que o amor que o indivíduo sente pela própria mãe. Daí você pode calcular mais ou menos o que é a força do crack.


Mundo Jovem: E é consumido por todas as classes?


Manoel Soares: Todo mundo que tiver um buraco no coração está vulnerável ao crack. Na classe média, você tem um bando de playboys, depressivos, que ficam trancados dentro de casa porque o pai quer fazer manutenção de sua riqueza ao invés de dar atenção pro filho. Mas por que este jovem vai fumar crack e não vai usar outras drogas? Por uma questão simples: o crack tira o risco da infecção causada pela heroína e é bem mais forte do que a cocaína. Ele produz um prazer momentâneo muito forte, um prazer muito intenso, e o jovem enlouquece.


Mundo Jovem: Podemos dizer que o crack se tornou uma epidemia?


Manoel Soares: O crack é uma arma química de distribuição em massa. Aqui no Brasil, hoje, mata como a AIDS matou na África. O crack é uma pandemia. É de longe pior que a febre amarela, a dengue ou a gripe do “porquinho”.


Mundo Jovem: E gera muito sofrimento?


Manoel Soares: Um cara, quando usa crack, se ele mora numa família de seis pessoas, ele fragiliza os mais jovens, manipula os mais velhos, rouba... Ele faz isso por toda a organização em que está envolvido. A característica forte do cara que consome droga é que ele faz com que todo o amor que qualquer pessoa sinta por ele seja usado a favor do seu vício.

Eu não sou a favor de ficar demonizando o usuário do crack, fazendo dele uma pessoa derrotada, canalha na sociedade. Mas eu acho que a sociedade tem sido injusta para com aqueles que não consomem crack.

Uma mãe, por exemplo, com seis filhos, quando tem um que consome crack, ela presta mais atenção naquele filho que consome do que nos outros cinco que não consomem. Os outros cinco podem não consumir o crack, mas eles migram para outros problemas que vão prejudicá-los. Então acho que a sociedade precisa ser mais madura para essa realidade e começar a falar da prevenção, fundamental e necessária. Sem prevenção, a gente vai para a cova.

CRACKUDO: de VACILÃO a MORTO-VIVO


Do site NE Notícias


Por Archimedes Marques


Em mais de 24 anos de atuação Policial pensava eu já ter visto de tudo relacionado às drogas. Ledo engano!... Com a chegada e disseminação do crack constatei que as outras drogas são bem menos trágicas que essa que tem um verdadeiro teor devastador e aniquilador em todos os seus sentidos.


O crack trás a morte em vida do seu usuário, do crackudo... O crack arruína a vida dos familiares do crackudo... O crack aumenta a criminalidade aonde chega... O crack degrada e mata mais do que todas as outras drogas juntas.


Crítica é a situação em que se acha o crackudo. Crítica também é a situação em que se vive os seus entes queridos que nada fizeram para merecer tal castigo.


A violenta crise situacional e emocional do crackudo parece fugir-lhe toda a perspectiva de dias melhores. As ocorrências no terreno familiar e social vão caminhando sempre em largas vertentes para o mal e para dias piores. A vida vivida pelo crackudo parece esvair-se entre os dedos das suas próprias mãos.


Lançando um olhar no passado, o crackudo, vê o rumo errado que tomou. Olhando ao futuro somente se lhe afigura a tumba. O seu presente é só o crack... O crack como o senhor do seu viver... O crack como seu dominador... O crack como seu real transformador do bem para o mal... O crack como destruidor da sua família... O crack como aniquilador da sua vida... O crack como o seu transporte para a morte!...


Neste sentido acolho as sábias palavras do Advogado e Presidente da OAB-RS, CLAUDIO LAMACHIA, quando de um artigo pertinente: “De poder avassalador, “a pedra” pode viciar o usuário já na sua primeira experiência e o que vem depois é a tragédia certa. Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. Relatos de suas vítimas, de especialistas e de familiares de usuários sobre os efeitos da droga podem ser resumidos em três palavras tão básicas quanto contundentes: sofrimento, degradação e morte.”


Estamos, sem sombras de dúvidas, em aguda e profunda crise urbana e social relacionada a essa droga avassaladora. A população mostra-se atônita, indefesa e impotente. Por sua vez, ainda falta vontade política governamental para debelar tal problemática.


Até parece que apesar de todas as alertas feitas constantemente na mídia, as Autoridades constituídas ainda não atentaram para esse gravíssimo problema que gera tantos outros na área social e segurança pública no país.


No mesmo ritmo em que cresce o número de crackudos, cresce o número de mortos, debilitados ou aniquilados dessa comunidade, aumenta a criminalidade nos Estados, ao passo que, as chamadas “crackolândias” continuam proliferando-se em alta escala pelos quatro cantos do país. Uma epidemia de crack que supera todas as outras drogas juntas.


A composição química do crack é simplesmente horripilante e estarrecedora. A partir da pasta base das folhas da coca acrescentam-se outros produtos altamente nocivos a qualquer ser vivo, tais como: Ácido sulfúrico, querosene, gasolina ou solvente e a cal virgem, que ao serem processados e misturados se transforma numa pasta endurecida homogênea de cor branco caramelizada onde se concentra mais ou menos 50% de cocaína, ou seja, meio à meio cocaína com os outros produtos citados. A droga é fumada pura, misturada num cigarro comum ou num cigarro de maconha.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

José Alencar, exemplo de vida


Do Monitor Mercantil


O vice-presidente da República, José Alencar, é um exemplo de força, fé e perseverança. Um homem raro, com certeza. Sua luta contra o câncer e seus depoimentos em relação aos tratamentos e operações e, ao mesmo tempo, sua convicção de que ficará curado dessa maldita doença impressionam e o elevam a um patamar de um dos homens públicos mais apreciados nos últimos tempos.
E não é à toa que o povo brasileiro, do Oiapoque ao Chui, acompanha, passo a passo, sua trajetória e disposição em vencer lutas, batalhas e o seu desejo reiterado de afastar do seu caminho pedras e obstáculos. Se fossem as pedras de Drummond, seriam certamente mais fáceis...
De qualquer forma, José Alencar não nos dá um raro exemplo apenas pelas reações que demonstra em relação ao seu estado de saúde. Nos dias atuais, quando a ética e valores humanos são desprezados, José Alencar, do alto da sua sabedoria, dá exemplos de dignidade, honradez e caráter. Dá e é um belíssimo exemplo de vida.
Nascido em Muriaé, em outubro de 1931, Alencar é um dos maiores e mais conceituados empresários das Minas Gerais, tendo construído a Coteminas, um império no ramo têxtil. Eleito senador com quase 3 milhões de votos, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infra-estrutura, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.
É, desde 2003, vice-presidente da República, desempenhando seu papel de forma serena, mas, ao mesmo tempo, presente nos momentos em que precisava expressar sua opinião de forma mais veemente, tendo sido uma voz discordante no próprio governo contra a então política econômica defendida pelo ministro Palocci.
Transparente em suas ações e externando sempre o seu pensamento, crítico, lúcido e inteligente com sinceridade, Alencar, em 2004, passou a acumular a vice-presidência com o cargo de ministro da Defesa.
Em várias ocasiões, teve a oportunidade de demonstrar um certo incômodo com o fato de permanecer em um cargo tão diferente dos seus vastos e reconhecidos conhecimentos empresariais, mas mesmo assim, e atendendo a um pedido do presidente da República, exerceu sua função com discrição e bom senso na função por dois anos.
Alencar começou cedo a trabalhar, ainda aos sete anos, ajudando o pai, Antonio, em sua loja. Aos 15, atuou como balconista na loja A Sedutora. Dois anos mais tarde, em Caratinga, trabalhou na Casa Bonfim. Sempre foi considerado pelos amigos como um grande vendedor.
Querendo vencer na vida, resolveu, ao completar 18 anos, abrir um negócio. Para tanto, recebeu do irmão Geraldo um empréstimo e, assim, pôde abrir A Queimadeira. Comercializava chapéus, calçados, tecidos, guarda-chuvas...


As mais valiosas do mundo

Do Blog da Leila Cordeiro

A revista BusinessWeek e a empresa de consultoria Interbrand se uniram para pesquisar o mercado das cem mais importantes marcas do mundo. No relatório, divulgado nesta sexta-feira , não houve mudança na posição das cinco primeiras marcas do ranking em relação ao ano passado – Coca-Cola, IBM, Microsoft, GE e Nokia.

Entretanto a campeã de valorização do último ano foi o Google, que pulou da décima para a sétima colocação no ranking. A Interbrand estima que a marca Google vale hoje US$ 31 bilhões, 25% a mais do que no ano passado.A pesquisa destaca ainda que o Google opera "com baixos preços e alta funcionalidade e transparência". Entre os produtos do Google destacados pela Interbrand estão o navegador Google Chrome e o software Android, para telefones. Depois do Google, a empresa americana de vendas online Amazon e a espanhola de moda Zara foram as que mais se valorizaram.Abaixo, confira a lista das dez marcas mais valiosas do mundo:
Coca-Cola: US$ 68 bilhões
IBM: US$ 60 bilhões
Microsoft: US$ 56 bilhões
GE: US$ 47 bilhões
Nokia: US$ 34 bilhões
McDonald's: US$ 32 bilhões
Google: US$ 31 bilhões
Toyota: US$ 31 bilhões
Intel: US$ 30 bilhões
Disney: US$ 28 bilhões

Rio, cidade aberta à violência e ao crime

Do Tribuna da Imprensa

Por Pedro Couto

A insegurança foi sucedida pelo medo. O medo pelo pânico está dando lugar ao terror. Sim. Porque o que a cidade do Rio está vivendo é exatamente um quadro de terror.Os bandidos enfrentam a PM abertamente. Às vezes tomam até a iniciativa do ataque. Estão armados. Mais do que isso, são municiados, treinados, recebem armamentos. Quando estes são capturados, surgem novas peças de reposição de origem misteriosa. Não digo apenas quanto ao ingresso no país e na cidade. Mas a respeito da forma com que sobem as ladeiras do crime e das trilhas da morte. A repressão se faz sentir, não se pode negar. Pois caso contrário tudo estaria ainda pior. Mas ela somente não está conseguindo resolver a questão dramática. É preciso um choque de descompressão social. Como o que aconteceu, por exemplo, em Nova Iorque na administração do prefeito Giuliani. Não foi só a ordem policial que se impôs. Seus mandatos coincidiram com os do presidente Bill Clinton. Havia ampla oferta de emprego na Quinta Avenida e nas ruas centrais. Melhorou. Claro o problema lá continua. Mas perdeu intensidade.

Bancários podem entrar em greve a partir do dia 23

Do Jornal de Brasília

Os sindicatos de bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não chegaram a a um acordo na rodada de hoje (17) de negociações salariais. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, a proposta apresentada pelos banqueiros foi aquém da esperada pela categoria.
"Os banqueiros perderam mais uma chance para buscar um acordo na mesa de negociação, ao apresentar um reajuste que não prevê aumento real de salários e PLR [Participação nos Lucros e Resultados] menor do que no ano passado, apesar de se manterem entre os setores mais lucrativos do país. Dessa forma, não resta aos trabalhadores outra opção, que não seja a greve", disse Marcolino.
Os dirigentes sindicais pedirão que seja marcada nova rodada de negociação até o dia 23 de setembro, quando os sindicatos de todo o país vão realizar assembléias para decidir o início ou não de greve.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Liberdade


Do Versus Online


Por Frei Betto


Há meses, numa palestra em Brasília, um engenheiro me indagou por que há cubanos que deixam a Ilha. Respondi: pelas mesmas razões que frades deixam a vida religiosa; não é fácil viver numa sociedade de partilha, sem perspectivas de acumulação privada. Veio a segunda pergunta: por que os cubanos não têm liberdade de viajar para o exterior, como temos no Brasil?


Reagi: temos quem, cara-pálida? Gostaria de falar de liberdade com a sua faxineira. Quantas vezes por ano ela visita a família no Nordeste? Quantas vezes saiu do país? E se fica doente, quem lhe assegura tratamento adequado? Os filhos dela chegam à universidade? Têm acesso a teatro, balé, literatura e artes plásticas, como a maioria do povo cubano?Os cubanos viajam mundo afora. Hoje, há milhares de médicos e professores cubanos em 77 países do mundo, em missões de solidariedade, inclusive no Brasil. Se a viagem se justifica por razões culturais ou científicas, a Revolução patrocina o giro internacional de grupos de balé e música, pesquisas científicas e tecnológicas. O que não existe é turismo individual como mero lazer... e evasão de divisas!


Fidel e Raúl, que sonharam e lideraram a Revolução, estão vivos, único caso de líderes revolucionários sobreviventes a cinco décadas da própria obra. Na noite do último 11 de dezembro, trafegando pelas ruas de Havana – onde participei do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos – Raúl Castro comentou comigo: “Jamais acreditaria, se me dissessem em 1959, que eu estaria presente à comemoração dos cinquenta anos de nossa Revolução”.


Frente às dificuldades que Cuba enfrenta — a maioria decorrentes do bloqueio, porém agravadas pelos frequentes furacões que destroem sua agricultura e parte considerável da infraestrutura, como a rede elétrica —, a Revolução está consciente de que não há muito a celebrar, e sim enfrentar o desafio de incutir nas novas gerações algo imprescindível ao seu aprimoramento: a convicção de que ela, como alternativa solidária diante do mundo injusto e desigual do capitalismo, não é um fato do passado, e sim uma esperança de futuro.

Poluição sonora motiva fechamento de 37 estabelecimentos no Recife

Da Revista Algo Mais


Você já teve algum vizinho muito barulhento, ou morou perto de um bar que sempre mantinha o som nas alturas? Isso é tão comum que somente nesses primeiros 15 dias de setembro, o Disque Denúncia registrou mais de mil queixas referentes à poluição sonora no Recife. Fonte: PE 360graus
A poluição sonora é medida em decibéis, mas como as pessoas não costumam ter decibelímetros (medidores de níveis de ruídos) em casa, predomina o bom senso e a fiscalização. Antes que fazia o controle na capital pernambucana era a Diretoria de Controle Urbano (Dircon), mas agora essa função é dividia entre a Diretoria de Meio Ambiente (Dirman), a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) e a Polícia Militar (PM).
“O carrinho do vendedor de CDs na rua, por exemplo, é atribuição da PM. Já o carro com som atrás e os carrinhos para vender frutas e verduras, por exemplo, é de responsabilidade da CTTU”, explica o diretor de Meio Ambiente do Recife, Mauro Buarque.
“Já uma relação comercial, como o som alto em um estabelecimento, é de responsabilidade da Diretoria de Meio Ambiente, assim como os carros de som, que são equipamentos licenciados, ou seja, precisam ter alvará de funcionamento”.
Só neste ano, a Dirman já realizou mais de 140 vistorias. “Foram expedidas 32 intimações, 14 notificações de estabelecimentos, 37 estabelecimentos foram fechados, e a ação continua com apoio da Dircon”, informou Mauro Buarque. A multa, segundo ele, varia de R$ 50 a R$ 250 mil, dependendo do número de reincidências.
“A gente não quer causar impacto social com encerramento da atividade dos estabelecimentos, por isso trabalhamos com a prevenção, concedendo alvarás quando o estabelecimento precisa, e contendo o som lá”, explicou o diretor. Mais informações pelo telefone da Dirman: (81) 3232-1707. Quem se sentir incomodado com o barulho, pode ligar a qualquer hora para o Disque Denúncia, no telefone (81) 3421-9595.

Preso que recebia do Senado era do gabinete de Marco Maciel

Do Terra

O senador Marco Maciel (DEM-PE) confirmou nesta quarta-feira, por meio de sua assessoria, que o funcionário que recebeu salário do Senado enquanto estava preso era lotado em seu gabinete na década de 90. Segundo a assessoria, foi aberto processo administrativo na época e os servidores responsáveis foram condenados.
Na terça-feira, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), afirmou em Plenário que um parlamentar teria mantido, durante dois anos, um presidiário com salário do Senado. A afirmação foi feita depois de Calheiros ser acusado de manter o salário de um funcionário que fazia um curso na Austrália.A assessoria de Marco Maciel afirmou que a irregularidade ocorreu na época em que o parlamentar pernambucano deixou o Senado para assumir a Vice-Presidência da República.

Eduardo provoca Jarbas e o PMDB: ''Estão com dor-de-cotovelo''

Da Folha de Pernambuco


Ironizando o PMDB, que em sua opinião está com “dor-de-cotovelo”, o governador Eduardo Campos (PSB) mandou, ontem, um recado para o senador Jarbas Vasconcelos e para o partido. Disse que não usará seu tempo no poder para atacar os adversários, e sim para “trabalhar retribuindo a confiança dos pernambucanos”. Os peemedebistas veicularam inserção partidária na televisão acusando o governo socialista de faltar com a dignidade no trato da saúde pública e não cumprir a promessa de entregar os três hospitais prometidos na campanha eleitoral.
“Se alguém assumiu compromissos e não honrou, isso é um problema desse alguém, não meu. Ainda tenho até dezembro de 2010 para cumprir o mandato que ganhei legitimamente, com a maior vitória política da história de Pernambuco. Muitos tiveram oito anos para fazer muita coisa. Não cuidaram de fazer e estão aí com dor-de-cotovelo. Isso é um problema de quem está com dor-de-cotovelo, não meu”, atacou Eduardo Campos.
Mesmo sem citar o nome de Jarbas, Campos provocou o desafeto: “Pernambuco não quer mais a rinha, a discussão agressiva. Pernambuco quer quem entenda de resolver os problemas, não de aumentar os problemas. Pernambuco quer ser gerido por alguém que tenha capacidade de fazer aquilo que muitos tiveram a chance e não usaram. Mas não me cabe aqui ficar olhando para trás. Dos meus compromissos cuido eu. Dou conta dos meus compromissos. Essa é a marca da minha vida”, assegurou.
O governador disse não ter assistido à inserção do PMDB, segunda-feira. “Vi hoje, nos jornais, que o PDT tinha entrado na Justiça”, desconversou. “O Hospital da Restauração fará 40 anos este ano. Durante 40 anos não se fez um! Eu me propus, em quatro anos, a fazer três. Graças a Deus, vou fazer”, garantiu.(Arthur Cunha)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vendas no varejo têm aumento recorde

Do Monitor Mercantil

Um ano depois do agravamento da crise internacional, o comércio varejista exibe um nível de vendas recorde no país, com tendência de crescimento, segundo divulgou nesta terça-feira o IBGE. As vendas do setor aumentaram 0,5% em julho ante junho e registraram alta de 5,9% ante igual mês de 2008.
No ano, o varejo já acumula aumento nas vendas de 4,7% e em 12 meses, de 5,8%.
O segmento de hiper e supermercados, com forte peso na pesquisa, deverá continuar puxando as vendas do setor. Em julho, as vendas desse grupo aumentaram 0,8% ante o mês anterior e expandiram 10,1% ante igual mês de 2008.
Enquanto as vendas de veículos mostraram forte desaceleração em julho, mesmo com a continuidade da desoneração do IPI, os eletrodomésticos, que tinham registrado queda nas vendas em maio e junho, comparativamente a igual período do ano anterior, subiram 0,5% ante julho de 2008.

Gripe suína atrapalha mais o comércio que a crise mundial


Do Valor Econômico


A crise financeira internacional exerceu efeitos sobre o varejo de Patrocínio. Empresas locais relatam queda nas vendas entre 10% e 30% nos cinco primeiros meses do ano. A recuperação começou a se dar em junho. Nas últimas semanas, porém, o avanço da gripe suína esvaziou as lojas.
"As vendas estão 30% menores e por causa da gripe as pessoas não saem de casa e não fazem mais festas, que geravam boas vendas para a loja", diz Celuta Nasser, gerente da franquia da Cacau Show. "Existe uma perspectiva de melhora no fim do ano. Mas o Dia das Mães e Dia dos Namorados ficaram prejudicados. Fica difícil fechar o ano com o mesmo resultado de 2008."
O comitê de acompanhamento da gripe suína da prefeitura registrou 146 casos suspeitos na cidade. Por conta do avanço da doença, o governo proibiu a realização de eventos até 15 de outubro.
As farmácias brindaram a demanda extra. "Chegou a faltar álcool-gel em agosto. Agora é que o estoque normalizou", diz Jeovane Borges, diretor e sócio da rede Farmácia Nacional, a maior da cidade, com seis lojas em Patrocínio e outras seis em Araxá, Patos de Minas e Paracatu. Devido à falta de álcool-gel fornecido pelas indústrias, Borges investiu na produção própria para atender à demanda. As vendas do produto compensaram a queda nas vendas de antigripais.
A rede manteve o mesmo faturamento de 2008 e abriu duas lojas em Patos de Minas e uma em Paracatu. "Algumas redes grandes estão investindo nas cidades do interior. Decidimos crescer e profissionalizar a administração para fazer frente a essa concorrência", afirma.
Enio Rizzatti, dono da loja de confecções Bem Menos, observou uma recuperação nas vendas da loja, que mantém há 20 anos e emprega 18 funcionários. "Quando surgiu a crise as vendas caíram em média 20%. Em maio, as vendas tiveram queda de 15% e daí para frente, de 10% em comparação com o ano passado", diz Rizzatti, que espera fechar o ano com o mesmo resultado de 2008.
Marco Wendell Duarte Frazão, presidente da Associação Comercial e Industrial de Patrocínio (Acip), diz que a safra menor de café provocou redução na renda média da população. A remuneração mais baixa e o receio dos efeitos da crise sobre a economia local também ajudaram na retração das vendas no primeiro semestre. Ainda assim, no acumulado do ano o desempenho é positivo, diz.
Os dados de consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) registraram aumento de 9,8% no acumulado de janeiro a agosto em comparação com 2008. Em agosto, o volume de consultas cresceu 13,9% em relação ao mesmo mês de 2008 e 8,8% em comparação com julho. "A expansão da demanda na construção civil e a redução do IPI têm ajudado a elevar a demanda no varejo. Acredito que com a vinda de indústrias a oferta de empregos e as vendas do varejo vão aumentar", diz o presidente da CDL, Walter Bernardes Júnior. (CB)

Trabalhadores dos Correios estão em greve

Do Blog do Jamildo

Desde a 0h desta quarta-feira (16) trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) paralisaram as atividades por tempo indeterminado em todos País. A greve foi decidida em assembleia realizada ontem à noite nos 35 Estados a nível nacional e aprovada em todos estes. A decisão faz parte da negociação referente à Campanha Salarial 2009/2010 da categoria e veio após não haver acordo com a proposta da Empresa de aumento de 4,5% no salário base.

Num beco sem saída


Do Blog do Magno


Os deputados estaduais Ciro Coelho (DEM), Sebastião Rufino (DEM), Eduardo Porto (PSDC) e Edson Vieira (PSDC) andam com os nervos à flor da pele. São forçados a mudar de partido por uma questão de sobrevivência eleitoral, mas, legalmente, estão impedidos. O prazo para o troca-troca vence no próximo dia 30, mas a lei é clara: só pode mudar de partido quem não tiver mandato.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Brasileiro rico que ficou pobre nos EUA


Do Blog da Leila Cordeiro


O site da BBC Brasil publica neste sábado uma reportagem com um brasileiro, Marlucio Rosa Ferreira, de 47 anos, que morava em Norcross, no Estado da Geórgia, Estados Unidos, no que ele define como “uma mansão com 12 cômodos, piscina e banheira jacuzzi”. Com a chegada da crise em 2007 a vida de Marlucio virou de cabeça para baixo e ele tornou-se mais uma vítima do desemprego no país. Abaixo, ele conta como foi sua história de ascenção e queda na terra do Tio Sam.



Marlucio era proprietário de um bar com capacidade para 255 pessoas e tinha uma picape, uma minivan e duas motos, “todos zero quilômetro”, como gosta de enfatizar.“Em dois anos, acabou tudo. Fui parar no porão do meu cunhado. Foi complicado, meu amigo”, conta Marlucio, que primeiro viu seu bar ir à falência, depois perdeu um de seus dois empregos e, por conseguinte, não conseguiu permanecer em dia com as prestações de sua casa, quando o valor subiu cerca de 30%, durante a chamada bolha imobiliária.


Mineiro de Itabira, Marlucio chegou aos Estados Unidos há 14 anos. Ele se mudou de Massachusetts para a Geórgia em 2001, com sua mulher e filha.


Pouco depois de chegar, resolveu comprar uma casa. Ele tinha dois empregos - um num restaurante, outro num supermercado - com os quais faturava algo na faixa de US$ 8 mil ou mais, quando fazia uma boa dose de horas extras.


Ele conta que não teve problemas em dar a entrada de US$ 42 mil em sua casa e nem em pagar as prestações mensais de US$ 1.250 do financiamento de 30 anos, porque, além do bom salário, tinha uma vasta poupança e um bom histórico de crédito.


“Por 12 anos, mantive um bom crédito. Chegava em qualquer banco americano e levava US$ 40 mil na hora. Meu crédito era ‘top’.”


Munido de seu crédito, o brasileiro resolveu enveredar por novos empreendimentos.


Em 2006, Marlucio abriu um bar na região em que morava, que funcionava de segunda-feira a domingo. O local atraía muitos fregueses brasileiros com seus quitutes típicos e música ao vivo.


“Abrimos em maio, logo depois teve a Copa do Mundo. Nesse ano, juntei muito dinheiro. No primeiro ano, cheguei a faturar US$ 8 mil numa noite. Até 1h da manhã tinha cliente no bar.”


Mas logo a sorte dele começou a mudar. “No final de 2007, fiscais da imigração começaram a fazer blitzes nas imediações do bar. Como tinha muito frequentador que era brasileiro sem documentação, eles passaram a deixar de ir.


”Os lucros do bar começaram a cair e, com o aumento da prestação de sua casa, Marlucio começou a “enrolar, um mês atrasava o pagamento do bar, no outro, o aluguel da casa”.


O bar acabou quebrando no final de 2007. “Não aguentei pagar mais. Tive que abrir falência e provar junto ao banco que eu não tinha condições.”


A situação dele se agravou ainda mais quando o restaurante em que trabalhava em meio expediente cortou empregados, no início de 2008.


Com a redução de seus rendimentos, ele passou a ter sérias dificuldades em arcar com os gastos de sua residência, que chegavam a US$ 4 mil mensais.


“Acabei entregando a chave para o banco. Cheguei lá e avisei: ‘estou me mudando, a chave está lá dentro. Pode ir buscar’.”


Junto com os transtornos financeiros, Marlucio também conta ter mergulhado em um inferno pessoal. “Na hora em que perdi tudo, caí na bebida e na droga. Não foi pouco, não. Foi de cocaína para cima.”


Ele conta que se não fosse o apoio da ig reja e de sua mulher, talvez não tivesse conseguido superar os contratempos.


Marlucio resolveu fazer as malas e se mudou provisoriamente para Boston, onde ficou hospedado por alguns meses no porão da casa de seu ex-cunhado até que conseguisse resolver sua vida.


De lá, resolveu tentar a sorte em Hartford, no Estado de Connecticut. Com um índice de desemprego na faixa de 7,8%, o Estado, no nordeste americano, parecia bem mais promissor que a Geórgia, assolada por um índice de 10,3%.


Lá ele arrumou um novo emprego de meio expediente, em um restaurante, após ter passado seis meses procurando.


Ele acumula este com um trabalho de tempo integral, como inspetor de qualidade de produtos de um supermercado.Juntamente com a mulher, que também tem dois empregos, ele aluga uma casa, que com dois quartos, sala e cozinha, é bem mais modesta que a “mansão” da Geórgia.


Ele conta que vem tentando se adaptar à nova realidade. “Pobre virar rico é fácil. Rico virar pobre é que não é fácil, xará.”

Por que o TSE não quer urnas 200% seguras?

Do site Vi o Mundo
Vocês vão dizer que acreditei em uma teoria conspiratória. Mas a pergunta que se deve fazer é: qual é o problema do TSE aderir à tese de que deve ter urnas absolutamente à prova de qualquer fraude? É falta de dinheiro para mudar o sistema? Ou eles vão esperar a suspeita de fraude se instalar para aceitar mudança? Qual é o problema de imprimir o voto?
Se há uma dado positivo nessa teimosia, é que logo ganhará força a tese -- correta -- de que o Brasil deve ter um poder independente para organizar as eleições. No sistema de hoje, quem organiza as eleições é quem fiscaliza e quem anuncia os resultados. É um sistema que incentiva o acobertamento de problemas:
TSE usa cartas marcadas no teste com urnas eletrônicas
Osvaldo Maneschy
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), numa jogada de marketing, está anunciando aos quatro ventos que em novembro próximo vai permitir que hackers tentem quebrar os códigos de segurança das urnas eletrônicas em uso no país – mas sob a condição de que trabalhem sob a supervisão do próprio TSE e, também, que se inscrevam antes para fazer o teste. Ou seja, mostrem a sua cara.
O desafio tem uma razão - os controladores do sistema eleitoral brasileiro querem provar que ele continua 100% seguro, embora especialistas independentes em informática garantam o contrário e continuem exigindo a impressão do voto eletrônico, apelo que a sociedade começa a ouvir.
Tanto que os deputados, ao votarem a recente reforma eleitoral, o PLC – 141, incluíram a impressão do voto como uma das mudanças a serem feitas nas eleições futuras – para diminuir a influência do TSE. A mudança se baseia no fato de que no mundo inteiro máquinas de votar que coletam e totalizam votos, como a urna brasileira, são vulneráveis a softwares maliciosos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

BELA ENTREVISTA COM SANTANA, O CANTADOR!


Do Blog da CDL


Cantador arretado e defensor ferrenho do autêntico forró pé de serra, Santana esteve, no último sábado, 12/09, em Santa Cruz do Capibaribe para realizar um show promovido pela CDL local e pela Associação de Assistência ao Deficiente – AADESC em prol da construção da nova estrutura da entidade que atende a crianças carentes e especiais do município e região. Em pouco mais de duas horas de show, Santana fez o público dançar agarradinho. Os casais se divertiam muito e cantavam as músicas introduzidas pelo artista. Na festa, além de Santana, Bidinga do Acordeon e Rubiênio Catanha animaram a noite.


Santana falou com o Blog da CDL e criticou as bandas que fazem apelação em busca de sucesso! Confira a entrevista na íntegra e sem cortes!



Santana você canta o autêntico forró pé-de-serra e qual a importância que você vê para comemorar-se o dia do forró (12/09)?



Santana: Essa data foi criada no caso que é justamente a segunda sexta-feira do mês de setembro, foi um projeto imaginado pela sociedade dos sanfoneiros pé-de-serrais, em parceria com o Deputado Estadual Betinho Gomes,sendo, aprovado pela ALEPE. No mês de setembro porque nasceu aquele que foi o primeiro artista nordestino a brilhar nacionalmente - Manoelzinho Araújo o rei da embolada. Então, escolhe-se essa data justamente para homenagear este artista que chegou primeiro que Gonzaga. Nós fazemos cultura popular, nós somos responsáveis e temos músicas de compromisso com a nação nordestina, nós preservamos essa identificação cultural. “Povo que não tem identidade não é reconhecido”! Sendo, a identidade cultural a marca maior de um povo, o resto é conseqüência.



Percebe-se que o seu show não tem apresentação de dançarinos, então, em sua opinião o que você acha das bandas que fazem quase que uma apelação sexual com dançarinas em seus shows, depreciando assim o forró?



Sanatana:Não tenho porque meus dançarinos é o povo. Eu sou a favor da união da família, da junção da família para assistir um espetáculo. Então, tudo o que venha a tirar o respeito a família, eu não sou a favor. Cada um que se responsabilize pelo que faz. Agora, eu acho, na minha humilde opinião, que música é coisa séria, ela forma cidadãos e, prostituição tem um lugar adequado para ela. As dançarinas podem não serem prostitutas, mas o personagem é! Pois, são de sexy shop, striptease e, isso a gente encontra nos antigos cabarés, as cenas sensuais de sexo explícito em cima do palco, tudo isso aí eu soube que tem, mas eu não assisto e sei que tem.



A chamada fuleragem music vem incentivando a depreciação da mulher, a prostituição, o palavrão, tudo isso que você falou que no seu show não tem. O que significa para você este incentivo para a música popular nordestina?



Santana: Veja bem, alguém vai se responsabilizar por isso. Inclusive teve um gerente “dessas bandas” que reclamou em uma conversa que nós tivemos que o filho dele só queria saber de beber e raparigar. Alguém estava por perto e disse: mas sua banda não faz isso? Não incentiva a fazer isso? Artista é um espelho da sociedade. Uma coisa é uma pessoa fazer alguma afirmação e, outra coisa é um artista falar, porque tem um peso maior. Então, nós – nordestinos, somos uma nação que ainda preserva os valores culturais e morais. Eu acho que as instituições devem ter todo um cuidado, pois para fazer sucesso não precisa partir para apelação. O americano vem aqui joga sua música, que traz cada arranjo bonito, você não entende uma palavra em inglês e faz sucesso, não tem ninguém mostrando nenhuma parte do seu corpo, nem partindo para a exploração sexual propriamente dita. Então, porque tem que ser assim? Tem alguém por trás muito forte que precisa de dinheiro, está investindo e quer o retorno, então, parte para a agressão. Repito música é coisa séria, ela forma cidadãos, ela também, une famílias.



Os defensores da música popular nordestina têm uma preocupação com relação a essa onda musical da fuleragem music, a qual acreditamos que seja a que eu vou lhe perguntar: Santana, existe a preocupação do nosso mestre Luiz Gonzaga ser esquecido com essa linha que aí está?



Santana: É uma coisa totalmente adversa, mas ela não tem esse poder todo não! Ela tem muita mídia, mas poder não! Porque eu te digo, vamos pegar como exemplo o axé baiano, essas bandas só têm essa visão toda, porque pagam muito caro para tocar, para aparecer, agora Gonzaga jamais será esquecido, pois ele está mais lembrado agora do que quando estava vivo. O grupo de axé baiano Chiclete com Banana é sucesso há muitos anos e, quando começou a onda de grupos como o É o Than, da Cia do Pagode, etc, pediram a Bel (líder do Chiclete) que colocasse dançarinas seminuas no trio, Bel disse não, então, Bel está aí contando a história. Chiclete com Banana cada vez mais fazendo sucesso, atraindo milhares de foliões, cantando a mesma coisa e os outros grupos onde estão? Entendeu? Quando não se tem mais diálogo, o que mostrar parte-se para o sexo e, nós fazemos música.



Hoje, o seu show foi em prol de uma entidade do município, qual a importância das entidades representativas e também, das entidades que buscam ajudar as pessoas como a AADESC?



Sanatna: Meu show é 1h e 30 mim eu fiz em 2h e 15mim a resposta foi dada. (risos)



Como você se sente em fazer shows em Santa Cruz do Capibaribe?



Sanatana: Santa Cruz é uma escola. Eu tenho um carinho por esta cidade que quando penso em Santa Cruz me lembro de um parente meu “Miguel Arraes” que Santa Cruz era a menina dos olhos dele. Então, quando olho para esta gente tão brava, destinada, inteligente fazendo a diferença e, eu saber que participei um pouquinho, eu me sinto honrado. Adoro esta terra, a qual fiz grandes amigos.



Qual a sua mensagem para as pessoas que gostam do forró e tem nas veias o sangue da cultura nordestina?



Sanatana: O nordestino por mais que ele fale inglês, mude o sotaque, mude de região, mas no momento que alguém cantarolar Asa Branca para ele, ele vai sentir um peso lá dentro, pois nordestino é um estado de espírito. O forró é o seguinte ele na contramão dos outros estilos ele une pessoas, é dançar abraçado, veja o rock, o axé, o pagode separam as pessoas. Para dançar forró você coloca sua melhor roupa, seu perfume mais cheiroso é coisa de família. Outra coisa, a doença mais perigosa que temos no mundo, hoje, é a depressão e, a pessoa no meio de um forró ela não tem depressão. Porque não tem coisa mais significativa para uma pessoa que está depressiva que receber um abraço carinhoso, o forró até nisso é um antídoto muito forte contra a depressão, por esse motivo meu novo CD chama-se Forró a Arte do Abraço.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Imprensa do Sul tenta desqualificar Ciro Gomes

Do Blog Inaldo Sampaio
Não constitui segredo para ninguém que certos setores da imprensa do sul não “engolem” o deputado Ciro Gomes (PSB-CE).
Ele é visto como a ameaça mais concreta à ascensão de José Serra à presidência da República pela capacidade que tem de enfrentar o governador de São Paulo em qualquer seara que ela queira debater.
Como não conseguiu, até o presente, fragilizá-lo sob o ponto de vista moral, está tentando constrangê-lo sob o ponto de vista político.
Foi isso o que fez na edição de ontem o jornal “Folha de São Paulo” ao noticiar que o deputado cearense foi o quarto menos assíduo às sessões da Câmara Federal neste primeiro semestre, perdendo apenas para Alberto Silva (PMDB-PI), Carlos Wilson (PT-PE) e Nice Lobão (DEM-MA).
Ora, até as pedras estão cansadas de saber que a qualidade do deputado não pode ser medida pela quantidade dos discursos que faz (se fosse assim, Mão Santa seria entronizado papa) nem pelo número de sessões a que ...

Sete mil desocupados


Do Blog do Magno


Com todo o respeito, mas acrescentar sete mil suplentes às Câmaras de Vereadores de todo o país resultará em melhoria para seus respectivos municípios? Nem pensar, porque as maiorias já se encontram definidas na totalidade deles e mais esses penduricalhos não mudarão um centímetro na performance dos prefeitos.



O Senado vota esta semana a ampliação do número de vereadores e a pressão surge avassaladora sobre os senadores. Como temos eleições ano que vem, e a imensa maioria pleiteará a reeleição, tudo indica a aprovação do projeto. Mesmo com a salvaguarda de que a inclusão dos sete mil arrivistas não implicará em aumento de despesas, devendo os orçamentos ser compensados, a certeza que fica é de que esses novos edis deixarão de dedicar-se às suas variadas atividades normais para tornar-se vereadores. Para que?

(Carlos Chagas)

Santa Cruz do Capibaribe: cidade que mais cresce em todo Norte e Nordeste do Brasil

Do Blog da CDL

O mercado imobiliário de Santa Cruz do Capibaribe se encontra em forte crescimento. Tido como um dos metros quadrados mais caros do Norte e Nordeste do Brasil, a Terra das Confecções se destaca pela sua economia empreendedora. Com oferta de trabalho cada vez mais pujante, o município recebe gente de todas as regiões do país, sobretudo das cidades circunvizinhas em busca de dias melhores.

Há mais cinco anos no mercado, o senhor José Otávio Lima Silva, proprietário da Otávio Imóveis nos concedeu essa entrevista sobre a forte expansão do setor em Santa Cruz do Capibaribe.

Com quase 80 mil habitantes, Santa Cruz do Capibaribe tem muitos imóveis alugados em decorrência de sua produção industrial. Está difícil alugar uma casa na cidade, como muitos dizem?

Sim, a demanda é maior que a oferta. Fato este que força uma supervalorização no preço dos aluguéis.
Quais os bairros mais procurados para aluguéis de casas?

É muito relativo, depende do gosto de cada inquilino, mas normalmente os bairros Novo, São Cristovão e Centro, são os mais procurados.Algo que se observava ao longo do tempo era a questão de depreciação da estrutura das casas, hoje isso é seguramente amarrado em contratos.
Com essa questão judicial em contratos, isso tem melhorado?

Não. Apesar da existência dos Contratos, quando o litígio se instala, faz-se necessário a esfera judicial, e como sabemos, a morosidade e o custo judicial torna inviável, a busca pelo resultado, apesar do Contrato. Principalmente quando se trata de imóveis alugados a classes de menor poder aquisitivo.
Uma das coisas mais difíceis de fazer é comprar um imóvel, o que deve ser levado em consideração para se comprar uma casa?

A documentação e a estrutura física do imóvel. E quando financiado, vencer a burocracia, principalmente quando não se tem ou não se pode pagar um profissional para lhe assessorar.
Dentro das especificações de um imóvel é essencial observar a sua legalidade. Quais fatores devem ser percebidos na documentação?
Se há Registro em Cartório de Imóveis, se não há débitos quanto ao IPTU e também se o imóvel não tem nenhuma pendência judicial.
Santa Cruz do Capibaribe é uma cidade que cresce muito. Como você avalia o mercado imobiliário local?
Se encontra em crescimento, devido a forte economia da cidade. Mas por falta de uma estrutura pública adequada, percebe-se uma desorganização, que muitas vezes acarreta prejuízo as pessoas que desejam adquirir um imóvel.
O sonho primário de muita gente é ter a casa própria. Como está o mercado de vendas na cidade com a chegada de construtoras?
Trabalho mais na área de alugueis, mas percebo que, assim como a cidade, esse mercado está em crescimento.
Qual a documentação necessária para se comprar um imóvel financiado?
Como dito antes, trabalho mais na área de alugueis. (No entanto, existem documentos básicos que são exigidos: documentação do imóvel (Escritura Pública, Certidão Negativa Municipal, Certidão Negativa de Ônus) e em alguns casos, a Planta do imóvel), documentos pessoais e Certidão Negativa de Execuções do vendedor. Já para o comprador, a documentação exigida pela financeira.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Competitividade industrial chinesa é desafio para o país, diz Barros de Castro

Autor(es): Heloisa Magalhães
Valor Econômico



A indústria brasileira conta em vários segmentos com sofisticação técnica muito superior a de empresas chinesas, mas a história recente não recomenda confiar na diferença de estágio, disse ontem o economista e professor Antonio Barros de Castro. "Na China, há uma espécie de máquina armada em torno da competitividade. E eles são velozes. Quem fizer de conta que os chineses não existem vai morrer", avaliou.

Para ele, a China traz um desafio enorme para o Brasil. Está havendo uma "ruptura histórica em grande dimensão". Mas lembrou que o Brasil tem enormes oportunidades, por exemplo, na área de recursos naturais. "O uso dos recursos naturais é obrigatório. Somos os campeões da biomassa. Também podemos entrar na corrida mundial pela energia barata." Mas lembrou que, para avançar, é preciso ações como "deselitizar e multiplicar a pesquisa e desenvolvimento".

Assessor da presidência do BNDES, e professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Castro foi um dos organizadores do seminário para discutir os desafios para as economias nacionais frente à concorrência chinesa no contexto de crise mundial. E alertou : "Existe na China uma lógica econômica que não se dá por acidente".

Segundo o professor, é ingênuo pensar que as empresas lá são competitivas apenas porque pagam salários baixos. Pelo contrário, há toda uma estratégia em torno do baixo custo. Segundo ele, os chineses não se preocupam em usar estados da arte da tecnologia, buscam unir soluções que garantam eficiência e competitividade.