quinta-feira, 26 de março de 2009

Ipea: tem é de reduzir juro e aperto fiscal

Do Monitor Mercantil

"Sou crítico desta política econômica. Não há justificativa para praticar um superávit fiscal, que é uma política contracionista, e uma política monetária tão ortodoxa neste clima em que estamos vivendo, claramente abaixo do pleno emprego. O governo tem de reduzir juro e o superávit." A afirmação é do coordenador da Carta de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Roberto Messenberg.
No documento, o Ipea confirma informa divulgada pelo MM, no último dia 12, mostrando que os investimentos do governo caíram "de 0,38% do PIB, em 2007, para 0,33%, em 2008", tanto em valores nominais, como em percentuais do PIB: "O governo precisa baixar o superávit primário, reduzir a despesa fiscal com juros e investir. Sem investimento, nossa economia vai ficar sem defesas contra a queda do emprego e o baixo crescimento", argumentou.
"Em épocas de crise, é mais fácil cortar investimentos, porque não são gastos fixos. Mas, se cortar ainda mais, aí é que a economia não cresce", prosseguiu o pesquisador, que, mesmo com a crise mundial, prevê que a economia brasileira crescerá este ano entre 1,5% e 2,5%.
O documento projeta também déficit nas transações correntes de US$ 18 bilhões a US$ 25 bilhões e uma taxa de inflação entre 3,7% e 4,7% para o ano. "Esse resultado é reflexo de uma trajetória de recuperação ao longo do ano, em que o PIB cresceria a taxas mais expressivas a partir do segundo semestre", diz a Carta.

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