quarta-feira, 18 de março de 2009

GASOLINA NO BRASIL É ATÉ 33% MAIS CARA


Autor(es): Ramona Ordoñez e Luciana Casemiro
O Globo - 18/03/2009

Queda no preço do petróleo não chegou ao consumidor Preço do combustível na refinaria está até 33% mais caro do que nos EUA A queda no preço internacional do petróleo está fazendo com que o brasileiro pague uma gasolina entre 22% e 33% mais cara do que a vendida nos EUA. De julho do ano passado até agora, a cotação do barril caiu de US$ 145 pata US$ 49 (ontem). Os preços nas refinarias e nas bombas, no entanto, não recuaram. O último reajuste (alta) de combustível foi em maio de 2008. Se toda a diferença fosse eliminada, o valor do litro nos postos deveria cair entre 8% e 12%, ou seja, de R$ 0,20 a R$ 0,30, calculam especialistas em energia. Com o petróleo em alta, a Petrobras também segurou os preços e perdeu US$12,8 bilhões em receita desde 2005. Mas, nos últimos meses, já recuperou. A empresa admite que terá de reduzir os preços. Sem repassar para o mercado interno a forte queda dos preços internacionais do petróleo - que vem ocorrendo desde o último trimestre do ano passado - a gasolina e o óleo diesel vendidos pela Petrobras no Brasil estão bem mais caros do que no exterior. Segundo cálculos feitos por especialistas, a gasolina que sai das refinarias para as distribuidoras está de 22% a 33% mais cara do que a vendida nos Estados Unidos. Já o diesel custa entre 45% e 68% mais. Desde o dia 3 de julho do ano passado, quando o petróleo alcançou o recorde de US$145,29 no mercado internacional, a cotação do barril despencou 66%, fechando em US$49,16 ontem. Não fosse a desvalorização cambial em torno de 26%, a diferença seria ainda mais significativa. A defasagem de preços é tamanha que o próprio presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, já admite que a companhia poderá reduzir os valores cobrados pela gasolina e pelo diesel, desde que a cotação do barril do petróleo se estabilize nos patamares atuais, bem como o câmbio, por um prazo de três a quatro meses. Na hipótese de eliminação integral da defasagem de preços, técnicos do setor de distribuição estimaram que a gasolina teria uma redução entre 8% e 12% para o consumidor final. Essa queda representaria na bomba de R$0,20 a R$0,30 a menos por litro, levando-se em conta que o preço médio da gasolina no município do Rio é de R$2,53, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP).

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