Por Pedro Couto
O papa Bento XVI, francamente, cometeu mais um erro desde que sucedeu João Paulo II Cátedra de São Pedro, ao condenar, na viagem que iniciou à África, o uso de camisinha, dizendo que não constitui solução para a epidemia de Aids. Pelo contrário - acrescentou -, aumenta o problema. Não é verdade. Não aumenta. De fato, o uso do preservativo masculino, por si só, não resolve a dramática questão. Mas funciona para reduzi-la, sem dúvida.
Até há poucos anos, o percentual de mulheres infectadas era de 10%. Hoje é de 30. O perigo aumenta diariamente para ambos os sexos. Dentro de tal contexto assustador, como se vê, todos os esforços devem convergir no sentido da preservação da saúde e da vida. Nenhum pode ser excluído. Sobretudo a distribuição de camisinhas. Elas podem não conter totalmente a doença, até porque é necessário seguir-se as regras de uso e de contato físico, mas o panorama seria muito pior não houvesse tal programa. Principalmente na África, onde evidentemente pela incidência enorme a moléstia começou. Mas a importância dos preservativos não pode se restringir àquele continente. Deve ser o mais geral possível.
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