quarta-feira, 11 de março de 2009

A jaula, para os animais

Da Tribuna da Imprensa

Por Carlos Chagas

BRASÍLIA - Novidade, não é. A coincidência verifica-se apenas porque, de uns dias para cá, responsáveis pelas vítimas decidiram-se a denunciar os hediondos crimes de estupro contra menores, algumas até de nove anos de idade. Uma estatística choca mais do que outras: 43% dos abortos legais praticados em hospitais públicos envolvem meninas com menos de doze anos.
Como regra, os estupros são praticados dentro de casa, por pais, padrastos e familiares das vítimas, geralmente sob a complacência ou a inação das mães.
Fazer o quê com esses animais? No mínimo, enjaulá-los pelo resto da vida, jamais deixar que, como outros criminosos, fiquem em liberdade enquanto não tiverem concluídos os processos contra eles, sem sentença definitiva, como decidiu o Supremo Tribunal Federal. Ou, mesmo no caso de decretada sua prisão temporária ou preventiva, impedir que sejam alimentados pelo poder público à espera de condenações que em poucos anos os devolverão às ruas, para novos estupros.

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