quarta-feira, 25 de março de 2009

Como driblar a crise

Do Cidadania.com

Por Eduardo Guimarães

Muitos sorrirão de ladinho se me lerem dizer que o vendedor é o melhor dos psicólogos. Então podem sorrir – e nem precisam disfarçar –, porque é exatamente isso que lhes digo: vender é saber tirar proveito do momento psicológico adequado de cada cliente.
Como não se sabe qual é esse momento, há que cercar seu cliente. Há que ser como o lobo que ronda a presa até encontrá-la na posição correta para o ataque, por mais que meus clientes sejam sempre beneficiários de um serviço de qualidade que lhes presto, de intermediação entre eles e as indústrias que represento.
Aliás, especial destaque para a indústria brasileira, cada vez mais reconhecida no mundo como uma indústria de qualidade e preços justos.
Apesar da crise, minhas sondagens do mercado que atacarei em alguns dias revelaram-me que por lá há crise, sim, mas também há oportunidades, há gente querendo o que é um pouco mais difícil de conseguir, como partes e peças de máquinas de construção que não há naquele mercado naquele momento, o que obriga o vendedor à criatividade, a vender sem saber se vai conseguir entregar o que vendeu e lutar para ter sucesso, efetivamente conseguindo entregar, como fiz hoje, fechando de uma vez o negócio, um negócio que o cliente não quis nem saber o preço, mas se seria feito.
Vender, produzir, sair da crise, é questão, antes de tudo, de competência, o que, na modesta opinião deste vendedor profissional que vos escreve, ele tem de sobra, graças a Deus, e, por isso, dá uma banana para atividades menos estimulantes que a dele, como a política.
Bem, no que me toca, no fim desta semana começo a fazer o que muitos deveriam estar fazendo em vez de ficarem reclamando e pondo a culpa de todos os seus problemas na crise: vou me mexer, correr atrás da flecha, ir buscar o prejuízo, entendem? Parar de ficar chorando, dizendo que não dará certo antes de ao menos tentar, conduta incoerente que a tantos tem vitimado, talvez por conta de que todos os dias são bombardeados por desânimo tão logo põem seus olhos – ou ouvidos – em qualquer meio de comunicação.
Não tenho tempo pra isso. Tenho contas pra pagar. Então, ao trabalho.

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