segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O DEM, ex-PFL, ex-Arena, vai agonizando em público

Do blog do Sakamoto

Creio que a tendência no Brasil é a do afunilamento do número de partidos relevantes a quatro ou cinco, tal como muitas democracias européias. Os menores continuariam existindo, mas sempre gravitando em torno desses para fazer contrapeso – ideológico, programático ou fisiológico. Há quem defenda que teremos apenas dois ou três grandes, mantendo os demais dentro do jogo, mas com uma importância restrita, como nos Estados Unidos ou na Inglaterra. Hoje, o mais lógico seria falar de uma polarização PT/PSDB, com o PMDB balançando a sabor do vento. Mas fico imaginando que, se adotássemos o voto distrital, talvez a polarização fosse PT/PMDB pela capilaridade de ambos, ainda que este último não seja um partido, mas uma federação deles.
Como agrupamento político que manteria a relevância, sempre colocavam o DEM, ex-PFL, ex-Arena, que sobreviveria por ser um partido com uma bandeira ideológica (conservadora) bem delimitada e, portanto, com um público a representar. Por exemplo, há deputados e senadores, críticos do sistema de combate à escravidão contemporânea no Brasil, que já receberam apoio de fazendeiro flagrado cometendo o crime. Na minha opinião, eles não receberam o apoio PARA defender essa bandeira mas POR defender essa bandeira, entre outras. O resultado poder ser o mesmo, mas é uma grande diferença.
De qualquer forma, esse antigo naco de sustentação da ditadura militar foi minguando, minguando, diminuindo em importância em eleitos no Executivo. E se não se agarrasse com todas as forças ao PSDB, hoje seria praticamente nada. Ou alguém acha que, sem a ajuda do seu padrinho José Serra, Kassab teria sido eleito prefeito de São Paulo?
Hoje, seu único governador, José Roberto Arruda (DF), está na corda bamba, aparecendo em vídeo recebendo pacote de dinheiro. Justifica que o objetivo era fazer a alegria dos pobres sem-panetone. Segundo a Polícia Federal, os recursos serviriam para pagar uma espécie de “mensalão do DEM”. Se esse fosse o único problema do partido, seria facilmente resolvido. Mas não é.
Temos visto alguns colunistas desesperados, que saem a público sem os devidos pudores e dão dicas ao DEM: olhe, não ataque o governador Serra; não aumente os impostos em São Paulo; não defenda o desmatamento tão perto da Cúpula de Copenhague; não critique desoneração tributária em móveis e eletrodomésticos, chamando sofá e geladeira de artigos de luxo, porque isso pega mal na véspera de eleição; cuidado com a demofobia; troque o coronelismo por uma outra forma de política… Mas como nem todo mundo ouve, vira e mexe aparece um parlamentar do partido atirando a esmo ou fazendo besteira. No final, o ato impensado fica registrado como mais uma tentativa de suicídio de um partido que trocou de nome mas não conseguiu se adaptar aos novos tempos.
A agonia pública de um partido deveria ser chorada pela perda de pluralidade política em uma democracia. Mas, tendo em vista a longa lista de serviços prestados à nação pelo DEM/PFL/Arena, não consigo derramar uma só gota.

Testemunha de acusação contra suspeito de assassinato de irmã Dorothy sofre atentado


Da Agência Brasil


Brasília - Uma das principais testemunhas de acusação contra um dos investigados pelo assassinato da irmã Dorothy Stang sofreu um atentado no último dia 26, no município de Anapu, no Pará. Apesar de ter levado diversos tiros nas pernas, na cabeça e na boca Roniery Bezerra Lopes não morreu, e está em estado grave, internado em um hospital da região. A informação foi passada hoje (28) à Agência Brasil pela irmã Jane Dwyer, da mesma congregação da irmã Dorothy.


O atentado foi cometido menos de três horas após Roniery ter recebido intimação da Justiça para ser testemunha de acusação contra Regivaldo Pereira Galvão, no caso que investiga fraudes, uso de laranjas e falsificação de documentos para esconder a grilagem do Lote 55, local onde a irmã Dorothy foi assassinada e centro dos conflitos agrários na região. Durante o julgamento pela morte da irmã Dorothy, Regivaldo havia alegado não ter nenhum tipo de vínculo com o Lote 55. No entanto, em 2008 ele passou a dizer ser o dono do lote, apresentando à Polícia Federal diferentes versões sobre como teria adquirido as terras. Um inquérito foi aberto e a PF acabou comprovando a falsificação documental, o que levou à abertura de novo processo em fevereiro de 2009 contra Regivaldo, para quem Roniery trabalhava.



Apesar de ainda não ter sido notificado sobre atentado, a assessoria do Ministério Público Federal (MPF) no Pará informou que Roniery participava das negociações envolvendo a área. Muitos detalhes sobre o atentado ainda precisam ser esclarecidos. Apenas a irmã Jane se dispôs a dar detalhes, a partir de conversas que teve com outras pessoas.


“Ele [Roniery ] recebeu a intimação entre as 18 e 19 horas, e o atentado ocorreu por volta das 21 horas”, explica a irmã Jane. “A informação que tive foi de que foram muitos disparos afetando inclusive a espinha. Quanto ao tiro na boca, é uma prática comum daqui para passar uma mensagem clara a quem faz denúncias”, acrescenta a religiosa que, assim como Dorothy, tem origem norte-americana. Irmã Jane disse que, no momento do atentado, Roniery estava acompanhado de uma mulher uma criança. “Parece que era a esposa dele, que também levou um tiro mas, ao que fui informada, ela não corre risco de vida. A criança fugiu e se escondeu no matagal". A religiosa disse, ainda, ter sido polícia quem o levou ao hospital.
Para evitar novos atentados o nome do hospital não foi informado.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Caetano atacou a desonestidade da Veja; O Globo fez que não ouviu

Do Portal Vermelho
Por André Cintra
Classificando os articulistas da Veja como “desonestos”, o cantor e compositor baiano citou um caso exemplar da desmoralização pela qual passa a publicação da Editora Abril, da família Civita. O episódio ocorreu em setembro de 2005, quando Veja publicou uma matéria desaforada contra o DJ norte-americano Moby. “Ele diz tanta besteira que até parece o brasileiro José Miguel Wisnik — aquele sujeito que acredita que o termo ‘Big Bang’ é uma apropriação anglo-saxã da origem do universo”, escreveu Sérgio Martins na revista.
Wisnik, no entanto, jamais teceu qualquer comentário do gênero sobre a expressão “Big Bang”. A tal “apropriação” a que Veja se refere foi feita, na realidade, por Caetano, que escreveu para a revista e corrigiu as informações. Além de a carta nunca ter sido publicada, Veja voltou a atribuir a “apropriação” a Wisnik mais duas vezes. “Nunca mudaram, são desonestos. Eu não falo com eles. Outras coisas houve antes, mas essa é inacreditavelmente canalha”, resume Caetano, na entrevista.
O cantor também faz um alerta sobre “toda essa crítica à esquerda, ao governo Lula, tudo aquilo que você vê na Veja”. Segundo Caetano, “a classe média instruída brasileira não lê direito a Veja, não acredita tanto. Mas a medianamente instruída se pauta muito por uma possível honestidade jornalística daquele veículo. Esse gente precisa ser avisada de que não há, nem de longe, sombra de honestidade naquilo”.
Confira abaixo o trecho omitido da entrevista de Caetano.

Jorge Bastos Moreno – Você tem muita inimizade dentro da música?
Caetano Veloso – Não tenho. Mesmo o Geraldo Vandré — que foi a única briga que eu tive propriamente dessa maneira, naquela altura... Quando eu estava já exilado em Londres, ele foi me visitar. Choramos juntos, estava nevando, conversamos um bocado. Depois que ele voltou pro Brasil, já estive com ele algumas vezes. Mas já faz algum tempo que ele se afastou.
JBM – O Fagner, você não dá muita atenção às criticas dele?
CV – O Fagner, eu reagi numa outra (ocasião)... Mas de vez em quando eu encontro ele. Toda vez que eu encontro com ele, a gente conversa, ri, brinca. Mas curiosamente ele é sempre convidado por órgãos da imprensa... Quando eles querem brigar comigo, chamam o Fagner, entendeu?A Veja, uma vez, botou o Fagner nas “Páginas Amarelas”. Porque a Veja tinha sido violentamente desonesta comigo e com o José Miguel Wisnik, fez coisa assim, de uma calhordice explícita, entendeu?
JBM – Qual era o episódio mesmo?
CV – O episódio é tremendo, é comprido de contar. É muita coisa ruim, insistentemente, cinicamente, acintosamente desonesta e ruim, feita abertamente. É o seguinte... Um dia, eu abri a Veja, estava escrito assim: Moby (sabe aquele músico eletrônico americano?) é quase tão chato quanto Wisnik.
Mas eu pensei: o que será que tem Moby a ver com Wisnik?Aí, no texto, assinado por Sérgio Martins — um daqueles idiotas que escrevem na Veja —, dizia assim: “Moby sai pelo mundo pedindo desculpas porque, como americano, ele tem como presidente George W. Bush”. O Moby fazia isso no show dele. Aliás, eu acho que fez muito bem em fazer.
Se eu fosse americano, eu faria a mesma coisa, porque Bush era horrível mesmo. Então ele (Moby) era americano, tinha direito de fazer.Então o sujeito diz assim: “Ele disse isso inclusive na Venezuela”. O Hugo Chávez ainda não havia tomado nenhuma decisão muito nitidamente antidemocrática — como de uma certa forma foi tomando, pouco a pouco, ou tenta tomar. De todo modo, era um presidente eleito, tinha passado por um plebiscito, em que ele tinha ganho. Enfim, não dava para dizer que o Moby não podia dizer que era contra Bush na Venezuela porque Hugo Chávez era pior.
Mas, por mim, problema do direitismo grosseiro da Veja, que o articulista de música popular quer agradar. É da linha editorial, mas o cara tem que agradar os superiores. Era isso, uma coisa assim. Mas tudo bem. Por mim, eu não tenho nada com isso. Não sou nem de esquerda para ter raiva disso, só por isso. Acho errado, mas tudo bem. Pobre, malfeito, desonesto, mas problema deles.
Mas fiquei me perguntando: o que que o Zé Miguel Wisnik tem a ver com isso? Aí eles seguiam o negócio e diziam assim: “Pior do que isso só o José Miguel Wisnik, que disse que o 'Big Bang' era uma expressão da língua inglesa — e que, por isso, mostra a dominação da língua inglesa, não sei o quê...”.
Bom, esse pensamento sobre o “Big Bang” era meu, assinado, entende? Está no encarte do disco A Foreign Sound — você pode ir lá na loja e ler. Eu escrevi em inglês, aliás — depois eu mesmo traduzi para o português. Mas o texto original foi feito em inglês e nasceu do seguinte: eu li uma declaração do cientista (Fred Hoyle), em inglês, que criou o termo “Big Bang” para a teoria.
Outros cientistas tinham bolado vários nomes técnicos, complicados, e ele falou: “Não, tem que se chamar ‘Big Bang’, porque vai tomar conta da mente de todo mundo. É uma expressão bem inglesa, curta, sintética, vai se popularizar”. E ele se orgulhava disso — eu li a entrevista dele, entendeu? Aos 80 anos, esse cientista inglês, já não concordava com a teoria do “Big Bang”. Ele morreu contra, dizendo que a teoria estava errada. Cientificamente, ele não aprovava mais a teoria do “Big Bang” — mas se orgulhava, dizia ele, de ter cunhado o termo que fez tanto sucesso.
Então eu, comentando isso — porque eu fiz um disco com canções inglesas —, disse assim: “A língua inglesa está em toda parte. Não apenas nos filmes de ficção científica. Nas galáxias mais distantes, os seres mais esquisitos falam inglês, como até o nascimento do universo ficou ligado a uma expressão de língua inglesa, da qual o cientista se orgulha tanto”. Na verdade, ele não resistiu, porque “Big Bang” é muito parecido com “big mac”. É tão cultura pop americana que pegou — e ele se orgulha. Isso é para a gente ver a onipresença da língua inglesa, entendeu?
Bom, eu e o Zé Miguel fomos convidados pelo grupo Corpo para fazer a música. E fizemos um negócio chamado Onqotô — que é “onde que eu estou?”, em “mineirês”, e que era como se fosse uma pergunta a respeito de nossa situação diante do universo. Toda a temática do negócio era esse. Então eu e ele, dando entrevista, mencionamos essa coisa que eu já tinha escrito a respeito do “Big Bang”, entendeu?
Aí o cara da Veja botou como se fosse uma ideia do Zé Miguel “ridícula” e “pior do que o Moby ter dito que o Bush era uma vergonha”. Eu achei uma coisa um pouco forçada. De onde saiu isso? Aí perguntei ao Zé Miguel: “Por que isso?”. E o Zé Miguel: “Não sei, porque outro dia já saiu um negócio na Veja...”.
Aí foram me mostrar um negócio contra o Zé Miguel, contra o livro do Zé Miguel, um livro que o Zé Miguel tinha escrito. Um livro, aliás, muito bom, que tinha um negócio sobre Machado de Assis que era lindo e que eles esculhambaram na Veja — principalmente aqueles “intelectuais” que escrevem na Veja. Jerônimo Teixeira, não sei, odeia Zé Miguel — acha que tem que combater qualquer pessoal da USP ligado à esquerda. Eu não sei que porcaria é.
Aí eu peguei, como eu vi tudo isso, e escrevi uma carta pequena para a Veja, dizendo: “O texto sobre o ‘Big Bang’ é meu, está na contracapa do disco. O Hugo Chávez não é um ditador, o Zé Miguel...”. Uma coisa curta assim, mas bem...
JBM – Bem incisiva?
CV – Bem incisiva. E mandei. A Veja não publicou a minha carta.
JBM – Que coisa...
CV – Não publicou a minha carta... E eles repetiram, porque eles botaram naquele “Veja essa” (seção de frases da Veja), botaram a frase e botaram embaixo “José Miguel Wisnik, a frase mais ridícula desde a explosão do Big Bang”, um negócio assim.
JBM – Que coisa...
CV – Eles repetiram isso três vezes, mesmo eu mandando a carta. Eu botei no Blog do Noblat — eu mandei a carta que eu tinha escrito e um comentário contando tudo isso e dizendo como era absurdo. Eles mantiveram, repetiram três vezes. Quando foi o número anual do Ano-Novo, aquele número dourado, aquele negócio cafona que eles fazem, aí repetiram outra vez — “José Miguel Wisnik...”.
Nunca mudaram, são desonestos. Eu não falo com eles. Outras coisas houve antes, mas essa é inacreditavelmente canalha. Eu faço questão... Aí eu fico exaltado, entendeu? Num caso desse, eu fico exaltado.
JBM – Claro, com toda razão.
CV – E tenho desejo de ficar exaltado, porque é abominável, entendeu? É preciso que se saiba que é abominável, que há muita desonestidade ali. Por exemplo: toda essa crítica à esquerda, ao governo Lula, tudo aquilo que você vê na Veja, para mim desmorona.
A classe média instruída brasileira não lê direito a Veja, não acredita tanto. Mas a medianamente instruída se pauta muito por uma possível honestidade jornalística daquele veículo. Esse gente precisa ser avisada de que não há, nem de longe, sombra de honestidade naquilo. Porque eu sei! Eu vivi isso que eu estou contando e sei o grau de desonestidade que passa por ali e que domina ali.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Acelerada, economia do Nordeste atrai grandes empreendimentos

Do Valor Econômico

Os empreendedores do setor de shopping centers seguem com rigor a indicação das pesquisas de mercado e essas, atualmente, têm apontado a direção Nordeste como o rumo certo para bons negócios. A ampliação do poder de compra das classes C e D combinada com a maior capacidade de atração de indústrias são fatores que têm acelerado a economia nordestina, com efeito palpável no comércio.
“Estamos registrando taxas de crescimento de vendas com índices chineses”, diz Sérgio Gomes, do grupo cearense North Empreendimentos. “Em maio de 2009, os shoppings venderam 18% a mais do que no mesmo mês do ano anterior. Em junho essa taxa foi de 16%. Na média do ano, estamos com crescimento de 8% e isso pode ser superado se o Natal ficar dentro das expectativas”, afirma. O grupo administra, atualmente, três shoppings na região metropolitana de Fortaleza.
Para o presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, que comanda uma das mais bem-sucedidas carteiras de shoppings do Nordeste, esse aquecimento é resultado, também, do trabalho desenvolvido pelos empreendedores e lojistas nos últimos anos. “Hoje temos um setor mais profissionalizado, que utiliza as ferramentas de marketing com eficiência e oferece para o consumidor o que há de melhor no segmento de shoppings. Por isso, não ocorreu desaceleração nesse segmento no Nordeste em função da crise, e nós continuamos a crescer”, diz o empresário.
O presidente da Associação dos Lojistas de Shoppings do Estado do Ceará (Alshop), Abílio do Carmo, diz que os números são bons e vão ficar ainda melhores. “Eu não tenho dúvida sobre o potencial de crescimento de shoppings no Ceará e também em outros Estados do Nordeste. A classe C, que sempre foi muito grande na nossa região, melhorou de vida e foi às compras. E os shoppings são a melhor opção, porque são modernos, concentram muitas lojas e oferecem lazer”, analisa o dirigente. De acordo com ele, ainda há potencial para a instalação de novos empreendimentos na Grande Fortaleza, principalmente nos municípios de Eusébio e Aquiraz. “Os lojistas estão prontos para investir. É só abrir o shopping”, garante.
O sucesso dos shoppings nordestinos impulsiona novos investimentos nas capitais e também em algumas cidades do interior e do litoral. Entre 2009 e 2012 serão inaugurados ou expandidos mais de dez, incluindo dois de grande porte que serão âncoras da criação de bairros em Salvador e São Luis. Sobre a oportunidade de novos investimentos, Paes Mendonça reforça a visão de que é preciso ter eficiência. “O mercado de shoppings é como coração de mãe, sempre cabe mais um.
Mas isso não significa que todos darão resultados. Serão bem-sucedidos aqueles que forem adequados à demanda e souberem trabalhar para atender o público certo.”
Os planos do Grupo JCPM confirmam que há, sim, bastante espaço para novos investimentos. “Estamos construindo o nosso segundo shopping em Salvador, além de fazer investimentos na requalificação e modernização dos que já temos no Recife e em Aracaju. Outro plano é construir no Recife um shopping tão moderno quanto o Salvador Shopping”, resume Paes Mendonça. O Norte Shopping, novo empreendimento do grupo na capital baiana, será inaugurado até novembro de 2010, nas imediações do aeroporto, com uma área bruta locável de 41,4 mil metros quadrados.
O grupo North também não para de investir, encorajado pelos resultados do último investimento – o Via Sul, inaugurado em dezembro de 2008, em Fortaleza. “Estamos investindo na expansão do Shopping Maracanaú, que incorporamos em 2003, e na remodelação do Shopping Caruaru, que acabamos de adquirir”, conta Sérgio Gomes. Segundo ele, o Maracanaú terá sua área triplicada e vai se consolidar como shopping regional, atendendo a consumidores de diversas cidades no entorno da capital.
O projeto de investimento no empreendimento adquirido em Caruaru, cidade a cem km de Recife, já começou com o lançamento das promoções de Natal. “Há um grande potencial não explorado na cidade. Não tem nenhum cinema funcionando, por exemplo. Então, vamos colocar três salas de cinema modernas, lojas âncoras inéditas na região e opções de lazer”, antecipa o empresário. Ao mesmo tempo, o grupo tira do papel o projeto do Fortaleza Fashion Mall, primeiro shopping de atacado do Ceará. “Fizemos o lançamento no dia 7 de novembro e já temos 40% dos espaços vendidos”, diz Gomes, acrescentando que a previsão é de que seja inaugurado ainda no primeiro semestre de 2010.
Entre os diversos investimentos planejados para inflar o setor de shoppings do Nordeste, dois se diferenciam por representarem um conceito ainda novo na região: o empreendimento de uso misto, no qual os shoppings são âncoras de novos bairros.
O grupo Sá Cavalcante escolheu São Luís para realizar seu primeiro empreendimento misto no Nordeste. “A base do investimento é o Shopping da Ilha, que será o maior do Maranhão e terá lojas-âncora inéditas, como a Renner, a Centauro e a Etna”, afirma Leonardo Cavalcante, diretor-superintendente da SC2, empresa do grupo que administra a área de shoppings.
No entorno do shopping, implantado em uma área de 176 mil metros quadrados e com previsão de inauguração para abril de 2011, será construído um complexo imobiliário com 1.600 apartamentos e 2.900 salas comerciais. Localizado na avenida Daniel la Touche, que nos últimos anos tem se transformado em um corredor comercial, o empreendimento está com 70% da área de lojas já comercializados. “Tivemos uma receptividade muito boa para o shopping, o que confirma a nossa expectativa”, acrescenta o executivo.
Em Salvador, a iniciativa é do grupo JHFS, um dos pioneiros nesse tipo de investimento no Brasil. O Horto Bela Vista ocupará uma área de 340 mil metros quadrados, com 19 torres residenciais e três comerciais, um hotel, centro de convenções, uma escola e o Shopping Bela Vista. “Um dos fatores que nos levaram a investir em Salvador foi ter encontrado um parceiro local, experiente na área de shoppings, o Grupo Euluz, interessado em integrar o nosso projeto”, observa Robert Bruce Harley, diretor-executivo de shoppings da JHFS.
A primeira fase do projeto, que engloba cinco torres de apartamentos e o shopping, foi lançada em outubro do ano passado e cerca de 70% das unidades residenciais já foram comercializadas. O Shopping Bela Vista terá 57 mil metros quadrados de área bruta locável, sendo que na primeira fase, a ser inaugurada em 2011, contará com 200 lojas.

LULA ESTIMULA MAIS CONSUMO E PRODUTOS COMEÇAM A FALTAR

Do O Globo

Com calor atípico e economia aquecida, faltam ar-condicionado, ventilador e até sorvete
ROSILDO PROCURA ar-condicionado há 20 dias sem sucesso: "Quero pôr na saleta de televisão, para aliviar a tensão do calor" Acombinação de calor e dinheiro no bolso ou crédito na mão levou o carioca às compras. Em novembro, a venda de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores chegou a triplicar e está difícil encontrar nas lojas condicionadores de ar para a pronta entrega. O calor atípico aumentou o consumo de sorvetes e bebidas e, em algumas sorveterias, tem ocorrido falta de sabores. A Coca-Cola Zero também sumiu das prateleiras por alguns dias. E mesmo produtos que não têm a ver com o calor estão em falta: alguns aparelhos de TV LCD e até modelos de automóveis, item que anteontem foi novamente beneficiado com uma prorrogação do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) reduzido. Fabricantes e varejistas estão traçando agora estratégias de emergência para atender a demanda atípica. - Estamos trabalhando a todo o vapor, em três turnos. Tínhamos previsões que este seria um verão muito longo e quente, com as temperaturas elevadas até abril. Mas muitas redes não nos deram ouvidos e sofreram com falta de estoque - afirma Adriano Oliveira, gerente de produtos da Arno. Embora o calor esteja castigando boa parte do Brasil, a falta de produtos é mais intensa no Rio. Na opinião de Armando Ennes do Valle Jr., diretor de relações institucionais da Whirlpool - das marcas Consul e Brastemp -isso se deve a uma característica do carioca, mais afeito ao ar-condicionado: - O Rio representa 40% do mercado brasileiro de ar-condicionado e este mercado é, de certa forma, imprevisível. Tivemos fins de semana no Rio em que o consumo triplicou. Ontem, nas lojas das principais redes varejistas no Centro do Rio, não havia aparelhos de ar-condicionado para pronta entrega. No Ponto Frio, era preciso esperar até dez dias. Nas Casas Bahia, não havia sequer previsão de novas remessas. Na Ricardo Eletro, apenas o ar-condicionado da marca chinesa Gree poderia ser levado na hora. Na Tele-Rio, uma remessa de dez unidades de condicionadores Electrolux chegou e acabou ontem mesmo. O comerciante Rosildo Costa tenta comprar um ar-condicionado há 20 dias, sem sucesso. Como mora na Região dos Lagos e trabalha no Rio, ele quer comprar o aparelho, colocar no carro e levar para casa. Mas não encontra opção para pronta entrega. - Quero pôr na saleta de televisão, para aliviar a tensão do calor. A falta de aparelhos de ar-condicionado se repete nas lojas on-line. No site do Ponto Frio, dos 28 modelos listados, 23 aparecem como esgotados. No endereço eletrônico da Ricardo Eletro, de 11 tipos de aparelhos, só dois estão disponíveis. O Grupo Pão de Açúcar - que controla o hipermercado Extra e a rede Ponto Frio - espera alta de 50% nas vendas de ventiladores e ar-condicionado em novembro e dezembro ante o mesmo período de 2008. Para atender a demanda carioca, a rede Ricardo Eletro está trazendo aparelhos de ar-condicionado e ventiladores de lojas de Minas Gerais e pediu a antecipação de entregas à indústria. - O calor veio muito forte e ninguém estava preparado, nem a indústria. Estamos dobrando nossas vendas - afirmou Rômulo Cunha, diretor de compras da rede. Horas extras para atender a demanda A Casa&Video viu suas vendas de ventiadores e ar-condicionado triplicarem neste mês. A rede reconhece que alguns modelos de ventiladores chegaram a se esgotar em algumas lojas, mas diz que o estoque vem sendo regularizado. Já a Casas Bahia afirmou que viveu um desequilíbrio de demanda, mas já regularizou a situação. Alberto Betrian, gerente-geral da Mallory, produtora de ventiladores, diz que sua fábrica opera perto da capacidade máxima: - Elevamos nossa produção em 15% e ficaremo neste patamar até o fim de janeiro. Estamos operando com quase 100% da capacidade. Com a temperatura mais alta, o consumo de sorvetes também aumentou. Na Sorvete Itália, a gerente de franquias Simone Vianna diz que a alta nas vendas foi de 40% desde a segunda quinzena de outubro. Um movimento que, segundo ela, é comum somente a partir de dezembro. - Estamos com horas extras em nossa fábrica para dar conta da demanda. Alguns produtos chegam a acabar nas lojas e é preciso fazer a rápida reposição. Paula Saboya, sócia da Mil Frutas, identificou alta nas vendas de 30%.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Bancos são as empresas mais lucrativas do Brasil

Do Jornal Correio do Brasil

A empresa de estatísticas Economatica informou nesta segunda-feira que consolidando o lucro liquido das empresas brasileiras no terceiro trimestre de 2009 (julho a setembro), constatou que o setor bancário, representado por 23 instituições, concentra o maior volume entre os 29 setores estudados com R$ 7,57 bilhões no período.
O segundo setor mais lucrativo com cinco empresas, é o de Petróleo e gás, com R$ 7,47 bilhões, sendo que a Petrobrás representa R$ 7,30 bilhões no setor. Trinta e oito empresas do setor de Energia colocam o setor na terceira posição, com R$ 4,61 Bilhões.
O lucro acumulado dos dois maiores setores - bancário e petróleo/gás - concentram 40,3% do total acumulado pelas 314 empresas estudadas, enquanto as 10 empresas mais lucrativas concentram 55% do lucro consolidado das empresas de capital aberto brasileiras.
A Petrobrás responde por 19,5% do lucro total, enquanto a Vale aparece em segundo lugar, com 8%. A terceira empresa mais bem colocada é o ItauUnibanco, com 6,1% do total.
A Ambev é a empresa mais lucrativa do setor de Alimentos e Bebidas, a CSN é a mais bem colocada no setor de Siderurgia e metalurgia, enquanto a Braskem lidera o setor Químico. Telesp lidera o setor de Telecom e a Cemig é a mais lucrativa no setor de Energia Elétrica.

Brasil pode perder até R$ 3,6 trilhões com mudanças climáticas

A economia brasileira poderá perder até R$ 3,6 trilhões nos próximos 40 anos em decorrência das mudanças climáticas, indica um estudo realizado por pesquisadores das principais instituições públicas e privadas do país.

Segundo o estudo Economia das Mudanças do Clima no Brasil, divulgado nesta quarta-feira, em 2050 o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro seria de entre R$ 15,3 trilhões e R$ 16 trilhões, caso não houvesse mudanças no clima.

Considerando-se o impacto das mudanças climáticas, esses montantes seriam reduzidos em entre 0,5% e 2,3%. Conforme o documento, as perdas ficariam entre R$ 719 bilhões e R$ 3,6 trilhões.

O estudo reuniu mais de 60 pesquisadores de 12 instituições e é inspirado no Relatório Stern, que fez uma análise econômica das mudanças climáticas em nível global.

Os autores abordam vários setores, como agricultura, energia, uso da terra e desmatamento, biodiversidade, recursos hídricos, zona costeira, migração e saúde.

Foram projetados dois cenários para o Brasil, que levaram em conta duas possíveis trajetórias do clima futuro desenvolvidas pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

Os pesquisadores afirmam que as trajetórias climáticas do IPCC são baseadas em hipóteses sobre o comportamento futuro da economia global. O estudo brasileiro tentou simular o comportamento futuro da economia brasileira com as mesmas hipóteses do IPCC para a economia global.

O cenário mais pessimista trabalha com a perspectiva de inação para conter as mudanças climáticas. O mais otimista leva em conta esforços de mitigação, que resultariam em ligeira melhora.

“Os dois cenários provam que é muito melhor antecipar essas mudanças, assumir políticas públicas de redução de emissões, que o setor produtivo se engaje na redução das emissões, que o Brasil reduza o desmatamento. Com tudo isso, estaremos reduzindo custos”, disse à BBC Brasil o coordenador do estudo, Jacques Marcovitch, professor da FEA/USP.

“Se demorarem a adotar essas ações, algumas condicionadas à negociação internacional, a tendência será de perda coletiva.”

Regiões vulneráveis

O documento indica que a Amazônia e o Nordeste seriam as regiões brasileiras mais vulneráveis às mudanças climáticas.

“Estima-se que as mudanças climáticas resultariam em redução de 40% da cobertura florestal na região sul-sudeste-leste da Amazônia, que será substituída pelo bioma savana”, diz o estudo.

No Nordeste, a redução de chuvas causaria perdas na agricultura e reduziria a capacidade de pastoreio de bovinos de corte.

Segundo o estudo, as modificações genéticas seriam alternativa para reduzir os impactos das mudanças climáticas na agricultura, o que exigiria investimentos em pesquisa da ordem de R$ 1 bilhão por ano.

No setor de energia, seria necessário instalar capacidade extra de geração, “de preferência com geração por gás natural, bagaço de cana e energia eólica”, com custo de entre US$ 51 bilhões e US$ 48 bilhões.

O documento estima ainda que as ações de gestão e políticas públicas na zona costeira somariam R$ 3,72 bilhões até 2050.

Além de analisar e quantificar os impactos das mudanças climáticas no desenvolvimento do país, também sugere ações para mitigar esses efeitos, como substituição de combustíveis fósseis e taxação de emissão de carbono, entre outras.

Os pesquisadores afirmam ainda que as políticas de proteção social devem ser reforçadas no Norte e no Nordeste, as regiões mais afetadas e também mais pobres do Brasil.

Também dizem que é possível associar metas ambiciosas de crescimento com redução de emissões e que é preciso garantir que a matriz energética brasileira se mantenha limpa e que o crescimento do PIB seja gerado também de forma limpa.

O estudo é divulgado a poucas semanas da Conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que será realizada de 7 a 18 de dezembro, em Copenhague, na Dinamarca.

A reunião de Copenhague tem como objetivo fechar um novo acordo global sobre o clima para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

"O Brasil já é reconhecido como um país que tem avançado na questão econômica e na questão social", diz o coordenador do estudo. "Agora, o que pode e deve fazer é completar esses dois reconhecimentos com um terceiro, pode ser líder nas políticas de desenvolvimento que incorporam a dimensão ambiental."

EUA TÊM 552 BANCOS PERTO DA FALÊNCIA, AFIRMA AGÊNCIA

Da Folha de S. Paulo

O número de bancos considerados próximos da falência nos EUA chegou a 552 no terceiro trimestre, ante 416 no trimestre anterior, segundo a FDIC, órgão que garante depósitos bancários. É o maior número desde 1993. Pela primeira vez desde 1991 o fundo da FDIC ficou no vermelho (-US$ 8,2 bilhões). A FDIC cobre depósitos de até US$ 250 mil por cliente quando bancos fecham.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Emir Sader:Escolas latino-americanas, médicos do povo para o povo


Do Portal Vermelho


Há 10 anos que se estão formando as primeiras gerações de médicos de origem pobre na América Latina. Não estão sendo formados pelas excelentes universidades publicas latinoamericanas, que têm os melhores cursos tradicionais de medicina do continente. Nem falar das universidades privadas.



Por Emir Sader, em seu blog



Eles estão sendo formados pelas Escolas Latinoamericanas de Medicina, projeto iniciado há 10 anos em Cuba e que agora já conta com uma Escola similar na Venezuela e tem projeto de ampliar-se para países como Bolívia e Equador. São selecionados estudantes por cotas de movimentos sociais –originários do movimento camponês, do movimento negro, do movimento sindical, do movimento indígena e de outros movimentos sociais -, se tornam alunos do melhor curso de medicina social do mundo e retornam a seus países para praticar os conhecimentos adquiridos não na medicina privada, mas na medicina social, pública, nos lugares que os nossos países mais precisam, sem contar normalmente com os médicos formados nas universidades tradicionais.


Cuba transformou uma antiga instalação militar – a Academia Naval Granma – em uma universidade médica latinoamericana, para que milhares de jovens privados de estudar medicina nos seus países, possam ter acesso a esse curso em Cuba e retornem a seus países para atender necessidades que não são contempladas pela medicina tradicional.


Além da melhor medicina social que se pode dispor hoje no mundo, os alunos recebem formação histórica sobre o nosso continente, respeitando-se as convicções – políticas, religiosas – de cada aluno. “Médicos dispostos a trabalharem onde for preciso, nos mais remotos cantos do mundo, onde outros não estão dispostos a ir. Esse é o médico que vai ser formar nesta Escola” – dizia Fidel na inauguração da Escola.


A primeira turma se formou em 2005. Formar um médico nos EUA custa não menos de 300 mil dólares. Cuba está formando atualmente mais de 12 mil médicos para países do Terceiro Mundo, em uma contribuição inestimável para os povos desses países. Mesmo passando dificuldades econômicas nas duas ultimas décadas, Cuba não diminuiu nenhuma vaga na Escola Latinoamericana de Medicina – como, aliás, nenhuma vaga nas escolas cubanas, nem nenhum leito em hospital.


Desde a formação da primeira turma, em 2005, graduaram-se médicos de 45 países e de cerca de 84 povos originários. Formaram-se 1496 médicos em 2005, 1419 em 2006, 1545 em 2007, 1500 em 2008, 1296 em 2009. Os três países que tiveram mais médicos formados na Escola são Honduras, com 569, Guatemala, com 556 e Haiti, com 543. Atualmente mais de 2 mil alunos estudam na Escola. A procedência social deles é em sua maioria operários e camponeses. As religiões predominantes são a católica e a evangélica.


A Escola em Cuba – em uma cidade contigua a Havana – é integrada por 28 edificações numa área de mais de um milhão de metros quadrados, onde os estudantes recebem o curso pré-medico e os dois primeiros anos do curso de medicina, de ciências básicas. Depois os alunos recebem o “ciclo clínico” nas 13 universidades médicas existentes em Cuba. O corpo geral de professores é de mais de 12 mil.


O Brasil também já conta com cinco gerações de médicos, formados na melhor medicina social, sem que possam exercer a profissão, propiciada pela generosidade de Cuba. Os Colégios Médicos tem conseguido bloquear esse beneficio extraordinário para o povo brasileiro, alegando que o currículo em que se formara, não corresponde exatamente ao das universidades brasileiras – uma forma corporativa de defender seus privilégios.


As nossas universidades públicas costumam ter as vagas ocupadas por alunos que se preparam muito melhor que a grande maioria, por dispor de recursos econômicos que lhes possibilitam ter formação muito superior às dos outros. Assim, em geral tem origem na classe média alta e na burguesia, que desfrutam da melhor formação que as universidades públicas possuem, gratuitamente, sem que a isso corresponda a contrapartida de exercer medicina social, nas regiões em que o país mais necessita.


Essas instituições corporativas não devem se preocupar, as centenas de médicos formados na Escola Latinoamericana de Medicina não abrirão consultórios nos Jardins de São Paulo, na zona sul do Rio ou em outras regiões ricas das capitais brasileiras. Eles irão fazer a medicina social que o Brasil precisa, atendendo a demandas que não são atendidas pelos médicos formados nas melhores universidades públicas brasileiras, mas que derivam seus conhecimentos para atender a clientelas privadas, em condições de pagar consultas e tratamentos caros.


As negociações para o reconhecimento dos diplomas dos jovens médicos solidários formados em Cuba estão em desenvolvimento, com apoio do governo brasileiro, mas ainda não chegaram a uma solução que permita o aporte dessas primeiras gerações de médicos brasileiros de origem popular.

Chega a 847 militares americanos mortos no Afeganistão


Do Prensa Latina


Kabul, (Prensa Latina) A morte de quatro soldados estadunidenses da OTAN em atentados e um combate elevou nesta segunda para 847 os falecidos dessa nacionalidade desde que invadiram o Afeganistão em outubro do 2001.

Também, com estas quatro baixas ascendem a 297 o número de militares do Pentágono mortos em 2009, no ano mais mortífero dos oito de ocupação desta nação islâmica centro-asiática.

Ao todo, as vítimas fatais dos expedicionários dos Estados Unidos e da OTAN somaram 481 a partir de janeiro do atual ano, de acordo com o portal Internet especializado www.icasualties.org. Essa fonte registrou 295 soldados estrangeiros em 2008.

Segundo porta-vozes da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), comandada pela OTAN, três soldados estadunidenses morreram no domingo pela explosão de um artefato dinamiteiro no território do sul.

O outro perdeu a vida na segunda-feira durante um ataque da insurgência afegã.

Esse comunicado militar omite os nomes dos mortos e os lugares onde se desenvolveram essas ações.

Este país é palco de um aumento das ações combativas da insurreição afegã, pese à presença de 110 mil soldados estrangeiros ocupantes, dos quais cerca de 68 mil são estadunidenses.

Outras fontes noticiaram que ao menos cinco membros das forças de controle de fronteiras perderam a vida após uma bomba ter explodido na passagem de seu veículo na conflituosa província de Kandahar, no sul.

O Ministério afegão do Interior detalhou a meios informativos que ditos agentes viajavam a bordo de uma furgoneta quando foram atacados no distrito de Spin Boldak.

Variante mais poderosa do H1N1 ataca na Grã- Bretanha

Do Blog da Leila Cordeiro

Quando a Organização Mundial da Saúde, OMS, pensou que já havia conseguido driblar o vírus H1N1 da gripe suína, com vacina e medicação específica para combatê-lo, eis que surge agora uma variante dele, muito mais poderosa, resistente ao medicamento Tamiflu. Tres dos cinco primeiros pacientes que já foram infectados pelo vírus , estão em tratamento no Hospital Universitário de Cardiff, capital do País de Gales e por isso mesmo as autoridades de saúde britânicas estão recomendando que as pessoas tomem a vacina urgentemente.
A disseminação da variante resistente ao remédio está sendo tratada como uma ameaça à saúde pública. Dos pacientes infectados em Cardiff, dois já se recuperaram e receberam alta, um está na UTI e outros dois em isolamento. Os médicos britânicos dizem que a resistência ao medicamento mais popular contra o vírus não significa que não existam tratamentos alternativos para o H1N1 e garantem que o Tamiflu continuará a ser indicado para a maioria das pessoas infectadas pela Gripe Suína. Atualmente 46 pessoas estão sendo tratadas por causa da gripe em hospitais do País de Gales. Já foram registradas 21 mortes por causa do vírus na região. Em todo o mundo, o número de infectados pela doença já passou de 715 mil, segundo a OMS.

Globo compra direitos de “Lula, o Filho do Brasil”

Do blog do Nassif

“Globo compra direitos de ‘Lula, o Filho do Brasil’

Rápida no gatilho, a TV Globo correu e comprou os direitos de exibição exclusivos do longa Lula, o Filho do Brasil, dirigido por Fábio Barreto.

O filme, que é uma espécie de cinebiografia autorizada da vida do atual Presidente Lula, acabou de ser lançado no Festival de Cinema de Brasília.

Segundo a coluna Retratos da Vida, do jornal Extra, por conta das eleições do ano que vem o filme só deverá ser exibido na TV no começo de 2011, depois das eleições presidenciais.”

Serra tem 32%, e Dilma, 22%, afirma pesquisa CNT/Sensus

Da Folha de S. Paulo

Pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem mostra que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera a disputa pela Presidência com 31,8% das intenções de voto naquele que hoje é considerado um dos cenários mais prováveis. A pré-candidata do PT, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), aparece em segundo, com 21,7%.
O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) tem 17,5% e é seguido pela senadora Marina Silva (PV), com 5,9%.Numa eventual disputa em segundo turno, Dilma venceria apenas no confronto direto com Aécio Neves.
A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 20 de novembro, em 24 Estados. Foram ouvidas 2.000 pessoas e a margem de erro é de três pontos percentuais.
O cenário com Serra, Dilma, Ciro e Marina não foi avaliado na sondagem anterior, feita em setembro. Apesar disso, o presidente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), Clésio Andrade, disse que Serra caiu, em média, 15 pontos desde o ano passado, quando cenários distintos registraram índices acima de 40% de apoio ao governador.
Andrade afirmou que não se mostrava "constrangido" em apresentar a pesquisa mesmo sendo aliado do governador de Minas, Aécio Neves, que disputa com Serra no PSDB a candidatura.
Andrade foi vice de Aécio entre 2003 e 2006.
A pesquisa avaliou também a aprovação ao governo Lula. Ela passou de 65,4%, em setembro, para 70%.Já a avaliação do presidente se manteve dentro da margem de erro. Em setembro, Lula foi avaliado positivamente por 76,8% da população, índice que ficou em 78,9% em novembro.

Ciro Gomes tira votos de José Serra, diz pesquisa

Do Estado de S. Paulo

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), seria o principal prejudicado pela eventual entrada de Ciro Gomes (PSB) na corrida pela Presidência, segundo revela a pesquisa CNT/Sensus, divulgada ontem.
No cenário em que disputa apenas com Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), Serra lidera com 17 pontos porcentuais a mais que a pré-candidata apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (40,5% a 23,5%). Com a inclusão de Ciro na lista, a vantagem do tucano sobre a petista cai para 10 pontos (31,8% a 21,7%). O pré-candidato do PSB fica em 3º lugar, com 17,5% das intenções de voto, à frente de Marina, com 5,9%.
Na semana passada, o PSDB exibiu na TV peças de propaganda que relacionavam Dilma ao apagão que, no dia 10, atingiu 18 Estados. A pesquisa, porém, não traz indícios de que o incidente tenha afetado o quadro eleitoral. A taxa de rejeição à petista caiu de 37,6% para 34,4% e seu desempenho melhorou nos cenários em que é possível fazer comparações com a pesquisa anterior, feita em setembro.
No confronto direto com Serra, em eventual segundo turno, Dilma continua atrás, mas sua desvantagem caiu de 25 para 18,6 pontos em dois meses.
O governador de Minas, Aécio Neves, que disputa com Serra a chance de se candidatar pelo PSDB, tem desempenho mais fraco que o de seu rival. Ficaria em terceiro lugar, com 14,7%, em um cenário com Ciro (25%), Dilma (21,3%) e Marina (7,3%). Em um eventual segundo turno com a petista, Aécio perderia por 36,6% a 27,9%.
TRANSFERÊNCIA DE VOTOS
Em meio ao debate sobre a capacidade de Lula de usar sua popularidade para impulsionar Dilma na campanha, a pesquisa revela que 20,1% dos entrevistados votariam no candidato do presidente, 31,6% poderiam votar e 16% não votariam. Outros 27,4% indicaram a opção "só conhecendo o candidato para decidir".
A pesquisa evidencia os motivos que levam o presidente a tentar formatar uma campanha "plebiscitária", centrada na comparação entre as gestões do PT e do PSDB. Para 76%, o governo Lula é melhor que o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Apenas 3% disseram que votariam com certeza em um candidato apoiado por FHC, e 49,3% não votariam de jeito nenhum.
Depois de cair entre maio e setembro, a avaliação positiva do governo voltou a subir na última pesquisa. Para 70%, a gestão é ótima ou boa - há dois meses, o índice era de 65,4%. Já a aprovação ao desempenho pessoal do presidente Lula oscilou de 76,8% para 78,9%.
A evolução dos índices se dá em ambiente de crescente satisfação com o quadro econômico. Para 45,8% dos entrevistados, a situação do emprego melhorou nos seis meses anteriores. Em setembro, 36,5% tinham essa percepção. Para 32,4%, a renda aumentou - há dois meses, 28,2% deram essa resposta.
A parcela que acredita em melhora na situação do emprego nos próximos seis meses subiu de 59,6% para 62,9%. Os que creem em aumento da renda passaram de 56,6% para 61,6%. Nada menos que 73,4% dizem que o ano da eleição presidencial será melhor que o de 2009.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O FILME SOBRE LULA E O PROFUNDO ÓDIO DE CLASSE NO BRASIL

Do Vi o Mundo

Por Luiz Carlos Azenha

"Francamente, acho estranho que um filme sobre a vida de um presidente da República consiga atrair tanto esculacho: "é dramalhão, é tosco, é ruim". Tudo indica que eu não vá ver, por não ter paciência com o tema. Mas começo a gostar do filme pelos críticos que ele atraiu!Lula, o Filho do Brasil é ficção roliudiana, se entendi bem. Apenas um filme. Qualquer semelhança com personagens da vida real é mera coincidência. Mas toca colocar repórter para investigar a relação de gente remotamente ligada ao filme e o governo.
Logo vão descobrir algum carrinho de pipoca em que o pipoqueiro vende maconha e vão culpar o filme por isso. Vão dizer que Lula, o Filho do Brasil incentiva o tráfico de drogas. Que incentiva o subperonismo. Que provoca lavagem cerebral. Que incentiva a caspa e o chulé.
Eu sabia da existência do ódio de classe no Brasil. Mas nunca imaginei que poderia chegar a esse ponto. Eles não só odeiam o Lula. Eles odeiam qualquer coisa que passe perto do Lula.
Não basta dizer que foi tudo sorte, foi tudo por acaso, que os oito anos de Lula foram apenas continuação de FHC, que Lula apenas esquentou a cadeira para José Serra. É preciso matar, salgar e enterrar.
Se os pobres brasileiros odiassem os ricos tanto quanto os ricos odeiam os pobres, o Brasil viveria um banho de sangue. Em não sendo assim, ficamos restritos a este espetáculo de manifestações explícitas e implícitas de preconceito de classe.
O filme pode até ser ficção grotesca. Mas provocou algo mais grotesco ainda, por ser real e revelador. Essa gente precisa, urgentemente, de um divã."

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mundo terá mais 20 milhões de desempregados neste ano

Do Portal Vermelho

O FMI e o Banco Mundial (Bird) prevêem que a crise vai deixar mais 20 milhões de pessoas desempregadas até 2009. O desemprego urbano na América Latina e Caribe já chegou a 8,5%, no segundo trimestre de 2009, e pode fechar o ano nesse nível, segundo projeção da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).No país desenvolvidos, o desemprego médio deve passar de 8,2%, em 2009, para 9,3%, em 2010, segundo o FMI. Em 2007 era de 5,4% chegando a 5,8%, ano passado. Nos EUA, em outubro o desemprego chegou a dois dígitos (10,2%), o maior nível desde abril de 1983, enquanto as projeções para a Zona do Euro indicam que o desemprego fechará 2009 na casa dos 11,7%. O economista Jardel Leal, do Dieese, observa que os efeitos da crise no mercado de trabalho se mostram mais persistentes nos países mais financeirizados, como Espanha e Reino Unido. E a crise é agravada pelo rompimento dos pactos distributivos: "Na Inglaterra, a financeirização levou, inclusive, a um processo de desindustrialização. O mercado financeiro ganhou uma dimensão muito grande e o país é afetado por tudo o que acontece no mundo." Para Leal, a dúvida é sobre até que ponto as populações dos países desenvolvidos aceitarão taxas elevadas de desemprego. Ele avalia que, sem alternativas, aqueles países devem culpar os imigrantes. "O governo entra para defender os bancos, mas a população não vai ficar esperando que a economia melhore. Vai exigir uma política de recuperação do mercado de trabalho e da renda", alertou, acrescentando que, se as crises que sucederam à de 1929 geraram o pacto social democrata, hoje não se cogita isso naqueles países, "pois as bases políticas para o pleno emprego foram desmontadas com a crise do Estado de bem- estar social", resume.

Na pré-estreia sem Lula, vaias e confusão

Do Jornal do Brasil

Todos sabiam que seria uma noite concorrida. E até tumultuada. Mas a confusão que tomou conta do Teatro Nacional Claudio Santoro, anteintem à noite, antes da exibição de Lula, o filho do Brasil, novo filme de Fábio Barreto que abriu, numa sessão não competitiva, a 42ª edição do Festival de Cinema de Brasília, surpreendeu. Os problemas começaram no momento em que a plateia de convidados se avolumou na porta de entrada do auditório e precisou esperar alguns minutos até ser liberada para passar por um espaço estreito. Em pouco tempo, o teatro ficou superlotado, com espectadores sentados nas escadas.
Quando os apresentadores deram início à cerimônia de abertura, a primeira saia justa da noite: um pequeno grupo de manifestantes subiu ao palco e estendeu uma faixa com a frase “Lula, liberte Cesare!”, em referência ao ex-ativista italiano Cesare Battisti, que teve sua extradição liberada quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e agora depende apenas da decisão do presidente. Em seguida, Luiz Carlos e Fábio Barreto foram chamados para apresentar o longa, que tem estreia comercial marcada para o dia 1º de janeiro.
Ao pegar o microfone, Luiz Carlos Barreto pediu que os espectadores sentados nas escadas se retirassem.
– Quero fazer um aviso. Do jeito que estamos dispostos nessa sala, com pessoas acomodadas nas escadas e nos corredores e sem a presença de bombeiros, qualquer coisa que aconteça representará perigo de vida – disse o produtor, vaiado pela maior parte do público.
Na sequência, Fábio causou mais mal estar.
– A equipe do filme está sem ter onde sentar porque a organização do festival não guardou lugar. Quero pedir que pelo menos 30 pessoas se levantem – sugeriu Fabio, que recebeu mais vaias.
Diante da reação contundente do público, a produtora Paula Barreto procurou acalmar os ânimos gerais e fazer com que a projeção começasse logo.
Na manhã de quarta-feira, durante a coletiva de imprensa, pai e filho voltaram atrás em suas críticas à organização do festival.

Decisão do STF de dar palavra final a Lula sobre extradição de Battisti foi polêmica

Do Jornal de Brasília

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de deixar a palavra final à Presidência da República sobre a extradição de Cesare Battisti, apesar de ter autorizado a expulsão, foi polêmica. O STF entendeu por cinco votos a quatro que Luiz Inácio Lula da Silva não precisa seguir a decisão da Corte em casos de extradição.
Votaram a favor de delegar a decisão ao presidente os ministros Carlos Ayres Britto, Cármem Lúcia, Eros Grau, Marco Aurélio Mello e Joaquim Barbosa. Foram votos vencidos Cezar Peluso, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes e e Ellen Gracie que também votou pelo deferimento do pedido de extradição feito pelo governo da Itália.
O debate ficou mais intenso na fase de proclamação do resultado. Os ministros passaram a discutir se o voto de Eros Grau era a favor ou contra a decisão do presidente. Até serem interrompidos pelo próprio Eros Grau.
“Acho que a pessoa mais indicada pera dizer o que eu disse sou eu. Vou resumir meu voto para que depois não haja embargo de declaração. Eu voto com os quatro ministros que não vincularam a decisão do presidente a decisão do Supremo de extraditar”, disse Eros Grau.
A discussão em Plenário continou até que Eros Grau precisou ser mais enfático. “Para ser claro, eu voto como votou o ministro Ayres Brito, Cármem Lúcia, Marco Aurélio e Joaquim Barbosa. Eu explicaria meu voto caso houvesse disposição em ouvir. Mas vejo que não há dada a paixão que tem presidido o julgamento desse caso”, declarou.
O voto do ministro Carlos Ayres Brito foi decisivo no julgamento que também deferiu o pedido de extradição feito pelo governo da Itália. “É o presidente da República quem dá a última palavra em processo de extradição”, disse Brito.
Depois de votar a favor da extradição de Battisti, Mendes ainda destacou a decisão do presidente certamente estaria vinculada com à decisão tomada pelo Supremo. Em decisão anterior, a ministra Cármem Lúcia ao relatar em 2008 o processo de extradição do chileno Sebastian Andres Ghichard Pauzoca, deixou claro que o presidente da República pode se negar a fazer a extradição mesmo com a autorização do Supremo. Em sua avaliação, nesses casos, o Supremo Tribunal Federal limita-se a analisar a legalidade e a procedência do pedido de extradição. A efetiva entrega do súdito ao Estado requerente fica a critério discricionário do presidente da República”, destacou a ministra na ocasião.
O ministro Joaquim Barbosa, que havia votado formalmente sobre o assunto em sessão anterior, concordou com a ministra e citou essa posição para justificar sua decisão de votar contrário à extradição de Battisti.
Em recente viagem à Itália, o presidente Lula sinalizou que deverá acatar a decisão do STF, caso o tribunal assim determine, mas não disse qual seria sua posição caso o STF remetesse a ele a decisão sobre o caso. “Eu não posso discutir hipóteses de uma coisa que está em julgamento”.

Acordo com Ciro constrange PSDB e irrita petistas

Do Valor Econômico

Além de causar constrangimento entre os tucanos, o acordo de Ciro Gomes (PSB) com Aécio Neves (PSDB), para as eleições de 2010, provocou cobrança e insatisfação no PT. Em conversa na terça-feira, em Belo Horizonte, Ciro reafirmou o compromisso de retirar sua candidatura a presidente, se o nome a ser indicado pelo PSDB for o do governador de Minas Gerais. Na prática, isso significaria o afastamento de Ciro da candidatura oficial do governo, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Ciro já havia manifestado, em julho, a intenção de abrir mão de sua candidatura e apoiar Aécio Neves, na hipótese de o governador vir a ser o candidato do PSDB. À época, a declaração foi tomada apenas como provocação ao governador de São Paulo, José Serra, o mais provável candidato dos tucanos a presidente. Para Aécio, receber novamente Ciro em Belo Horizonte era mais um capítulo da disputa que trava com Serra. Mas a situação de Ciro mudou bastante desde julho passado.
Nesse período, Ciro manteve sua candidatura presidencial, apesar de um apelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PSB de apoio à candidatura única dos partidos aliados (Dilma), e transferiu o domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo, deixando em aberto a possibilidade de concorrer ao governo do Estado. A gestão de Ciro ficou a cargo do presidente do PT, Ricardo Berzoini, que coordena o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do partido. Em pelo menos duas ocasiões o presidente petista foi acionado para "conter" o deputado cearense.
Na primeira, Ciro exigia uma rápida definição do PT sobre sua eventual candidatura ao governo de São Paulo. Os petistas pediram tempo para aparar as arestas internas esperadas em decorrência do lançamento de um candidato (Ciro) de outro partido (o PSB).
O PT tem outros nomes que podem ser indicados, como o do deputado Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, e de Emídio de Souza, prefeito de Osasco, por exemplo. A ex-prefeita Marta Suplicy também havia defendido a candidatura própria, tendo especificado o nome de Palocci, e precisava ser "conversada" para apoiar a estratégia do presidente Lula para São Paulo.
O tempo passou e o PT não se manifestou, como esperava Ciro. O deputado voltou a exibir sinais de impaciência com o partido, que preferiu então jogar o problema para o presidente Lula. A conversa do presidente com o ex-ministro da Integração Nacional não foi muito diferente.
Fontes do PSB, por outro lado, contam que o flerte de Ciro Gomes tem dois objetivos: jogar para dentro do PSDB, partido ao qual já foi filiado, a fim de demonstrar que Aécio é capaz de reunir mais apoios que o governador José Serra; e o segundo, estabelecer uma cabeça de ponte em Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país. Se conseguir dividir o eleitorado mineiro, Ciro poderia anular a diferença a ser obtida por Serra em São Paulo.
Ao manter Ciro como pré-candidato, o PSB aumenta seu poder de negociação com o partido líder da aliança que atualmente apoia o governo. Também se resguarda em relação à possibilidade de que Dilma Rousseff não viabilize sua candidatura a presidente. O PT esperava resposta melhor da ministra nas pesquisas, devido a ampla exposição a qual foi submetida, após ter recebido alta hospitalar. Ciro, por seu turno, mantém-se à frente ou empatado tecnicamente com Dilma. O governador José Serra, líder nas pesquisas, acha que Ciro é mais candidato a presidente que a governador do Estado.
Entre as declarações que Ciro fez em Belo Horizonte, uma especialmente chamou a atenção dos petistas: a de que Aécio é o candidato que pode "convocar todos os brasileiros decentes, de todos os partidos, como faz em Minas, e celebrar um projeto de país que dê avanço ao que o presidente Lula representou". Para o presidente Lula e o PT, o candidato descrito por Ciro Gomes tem um outro nome. Chama-se Dilma Rousseff. O governador Aécio, depois de ter dado um prazo para o PSDB se definir (15 de janeiro) abandonou o discurso do pós Lula e passou a atacar o governo, na expectativa de melhorar sua posição relativa entre os tucanos.
Ontem, em São Paulo, o governador José Serra evitou comentar a aproximação entre Aécio Neves e Ciro Gomes. Depois de vistoriar obras de ampliação do metrô de São Paulo, Serra negou-se a falar sobre política, mas disse aos jornalistas que eles poderiam fazer perguntas sobre o assunto, se quisessem. Porém, adiantou que não iria responder.
Questionado sobre o encontro de entre Aécio e Ciro, o governador paulista disse que não caberia a ele comentar. "Não tem nenhum comentário. O Aécio tem o direito de ver as pessoas que ele quiser. A mim não cabe comentar", afirmou. (Com agências noticiosas)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Uma história para ser contada

Do Blog da Leila Cordeiro

Os historiadores americanos descrevem o ex-presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln como um verdadeiro heroi, digno dos maiores atos de coragem e bravura em suas decisões, um homem justo que sempre perseguiu seus ideais com determinação e dignidade. Mas segundo os estudiosos atrás dessa personalidade firme se escondia um Abraham Lincoln doce e carinhoso que era capaz de dedicar momentos preciosos de sua agenda presidencial para visitar orfanatos e escolas dando às crianças uma atenção toda especial.
E foi assim com o menino George Patten. Em 1860, George então com oito anos, conheceu Lincoln durante a campanha para a Presidência, em Illinois, ao lado do pai, que era jornalista.
Quando Lincoln tomou posse como presidente, Patten comentou na escola que o havia conhecido e foi ridicularizado pelos colegas, que não acreditaram na sua história.
Mas uma professora do garoto enviou uma correspondência à Casa Branca comentando o que estava acontecendo com o aluno. Não muito tempo depois, George recebeu uma resposta do presidente com apenas quatro linhas confirmando o encontro.
“A quem interessar possa, eu vi e conversei com o jovem George Evans Patten, em maio passado, em Springfield, Illinois. Respeitosamente, A Lincoln”.
A resposta, datada de 19 de março de 1861, foi enviada em meio a uma das maiores crises da história dos Estados Unidos, com a separação dos Estados do Sul e a iminência de uma guerra civil.
Segundo Nathan Raab, presidente da empresa Raab Collection, responsável pela venda da carta original por 103 mil dólares, se trata da única carta conhecida e ainda existente de Lincoln endereçada a uma criança.
Pena que a gente não saiba com que cara os colegas do menino ficaram quando leram a mensagem do presidente na época!

Depressão será a doença mais comum em 2030

Do Jornal Correio do Brasil

A depressão, nos próximos 20 anos, vai afetar mais pessoas que qualquer outro problema de saúde. A estimativa é da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os países pobres, onde já se registram mais casos de depressão que os desenvolvidos, serão os mais afetados nas próximas décadas.
De acordo com especialistas, a patologia tem diversas causas, algumas biológicas, mas parte delas vem de pressões ambientais e, obviamente, as pessoas pobres sofrem mais stress no dia a dia que as ricas, e não é surpreendente que tenham mais depressão.
A depressão vem sendo cada vez mais diagnosticada.

Ciro diz que sai em favor de Aécio

Do Estado de S. Paulo

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) reafirmou ontem que poderá desistir de ser candidato à Presidência em 2010, caso o governador de Minas, Aécio Neves, consiga se viabilizar como presidenciável do PSDB. Aécio e Ciro participaram de um evento em Belo Horizonte e depois almoçaram reservadamente no Palácio das Mangabeiras. Também ontem, o governador voltou a citar o mês de dezembro ou início de janeiro como prazo final para a definição.
"Se o governador Aécio se viabilizar candidato a presidente, eu penso que a sua presença é tão importante para o Brasil que a minha candidatura não é necessária mais", disse Ciro, numa tumultuada entrevista ao lado do tucano, após a solenidade de lançamento do portal da ONG Brasil Tem Jeito, idealizado pelo deputado Rodrigo de Castro (MG), secretário-geral do PSDB e um dos principais aliados do governador mineiro.
Em julho, o deputado já havia declarado que não se sentia obrigado a disputar o Palácio do Planalto, se o governador mineiro vencesse a briga interna com o colega paulista, José Serra. De lá para cá, porém, a pré-candidatura do parlamentar ganhou musculatura e seu nome apareceu bem colocado nas pesquisas de intenção de voto.
Apesar de ressaltar que a candidatura própria é uma decisão do partido, Ciro justificou a disposição de abrir mão em favor de Aécio, dizendo que o mineiro encerra o "provincianismo" da disputa entre o PT e o PSDB de São Paulo. "A minha necessidade aguda de ser candidato não remanesce mais. O Aécio pode convocar todos os brasileiros decentes de todos os partidos, que é como ele faz em Minas, e celebrar um projeto de país que dê avanço ao que o presidente Lula representou.
"Sobre a possibilidade de ser o vice do mineiro, ele desconversou e voltou a atribuir ao partido eventual decisão. O governador, por sua vez, classificou Ciro como o "amigo de uma vida" e disse que avaliaria "todas as possibilidades" na conversa com o deputado do PSB. "Se pudermos estar juntos, para mim seria extraordinário. Se não pudermos, não deixaremos de ter afinidades. As afinidades não se perdem em razão de circunstâncias políticas ou partidárias.
"Aécio e Ciro foram as estrelas do lançamento do portal, que reuniu muitos políticos, empresários, artistas, jogadores e ex-jogadores de futebol numa antiga fábrica de tecidos e foi apresentado como uma plataforma de trabalho na internet com o objetivo de mediar relações entre empresas e organizações de cunho social.

Gasolina já é mais vantajosa que álcool em 17 Estados e DF

Da Folha de S. Paulo

O preço do álcool continua subindo em todo o país e deixou de ser competitivo em 17 Estados e no Distrito Federal na primeira quinzena deste mês. O número quase dobrou desde o fim de outubro, quando eram dez Estados, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Já não é vantajoso abastecer veículos com álcool em Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
O preço do álcool vem subindo devido à demanda maior por açúcar no mercado internacional -há problemas de produção na Índia. Para suprir essa falta no mercado, as exportações do produto cresceram consideravelmente, fazendo com que as usinas de cana-de-açúcar ampliassem a produção de açúcar em detrimento da de álcool. A ocorrência de chuvas no centro-sul do país também contribuiu para a alta, ao afetar a produtividade das lavouras.
Cálculos de especialistas, baseados no poder calorífico dos combustíveis, apontam que o álcool é competitivo até chegar a 70% do preço da gasolina. Para fazer a conta, divida o preço do álcool pelo da gasolina. Se o resultado ficar acima de 0,70, o álcool deixa de ser vantajoso.
No último dia 14, o preço do litro do álcool estava em R$ 1,687, cerca de 2% acima do valor do final de outubro (R$ 1,654). Apenas no mês passado, o preço do combustível subiu 10% em comparação com setembro, quando era encontrado, na média, por R$ 1,475.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Um sexto das famílias dos EUA passou fome em 2008


Da Revista Fórum


Um em cada seis lares norte-americanos passou fome em algum momento do ano passado, segundo o Departamento de Agricultura. Trata-se da maior incidência da fome desde que teve início o estudo da segurança alimentar nos Estados Unidos, em 1995. No total, 14,6% dos lares, que equivalem a cerca de 49 milhões de pessoas, “tiveram ocasionalmente problemas para levar à mesa comida suficiente durante o ano”, afirma o informe Segurança Alimentar das Famílias nos Estados Unidos, 2008, divulgado ontem.


Isto representa um notável aumento em relação à quantidade de população que passou as mesmas penúrias em 2007, 11,1% dos lares, ou 36,2 milhões de pessoas. E seguramente este ano a proporção será maior, devido aos persistentes efeitos da crise econômica que começou a se manifestar há 14 meses. Do grupo de 17 milhões de famílias que passaram fome – ou “insegurança alimentar”, segundo o informe – um terço suportaram uma “segurança muito baixa’, o que significa que a quantidade de alimento disponível para pelo menos alguns membros dessas famílias diminuiu e seus níveis normais de alimentação foram alterados.


Esses lares sofreram tais dificuldades pelo menos vários dias durante sete ou oito meses do ano. Os outros dois terços puderam conseguir comida suficiente para evitar alterações substanciais por meio de diferentes estratégias, com dieta menos variada, programas governamentais de ajuda alimentar e nutricional ou restaurantes públicos e despensas comunitárias. A quantidade de famílias nas quais as crianças, tanto quanto os adultos, sofreram “segurança alimentar muito baixa” aumentou notavelmente de 323 mil em 2007 para 506 mil no ano passado.


O presidente Barack Obama qualificou de “inquietantes” as revelações do informe, em declaração divulgada desde a China, última etapa de sua viagem pela Ásia. “Esta tendência é dolorosamente evidente em muitas comunidades de nosso país onde os vales de alimentação se multiplicam e as prateleiras das despensas se esvaziam”, disse Obama. “É especialmente complicado haver mais de 500 mil famílias com pelo menos uma criança que passou fome muitas vezes ao longo de um ano. A capacidade de nossos filhos de crescer, aprender e conseguir suas potencialidades, e, portanto, de nossa competitividade futura como nação, depende do acesso a comida saudável”, acrescentou.


Dos 49 milhões de pessoas que passaram fome pelo menos uma vez em 2008, 16,7 milhões eram crianças, segundo o informe, 4,2 milhões a mais do que em 2007 e o registro mais alto desde 1995. “Estes dados não são uma surpresa. O que deveria nos comover é que quase uma em cada quatro crianças de nosso país vive à beira da fome”, afirmou David Beckmann, presidente da Pão para o Mundo, organização nacional que também realiza programas em países pobres.



Uma greve de fome admirável!


Do Blog do Bourdoukan


Convenhamos. Se o sr.Jacques Diouf, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) realiza greve de fome, alguma coisa está errada. Está errada e muito grave.


E mais ainda quando o próprio Ban Ki-moon, secretário geral da ONU resolve aderir a essa mesma greve de fome em solidariedade.


Alguém conseguiria imaginar que isso aconteceria algum dia?


Greve de fome de duas das mais altas personalidades internacionais?


Pois aconteceu.


E qual é a razão do protesto?


Chamar a atenção para a Cúpula Mundial de Segurança Alimentar, que começa nesta segunda-feira (16) em Roma.


Cerca de 60 chefes de Estado, entre os quais o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participarão do encontro, “cujo objetivo é estabelecer um compromisso mundial para que a fome seja erradicada no menor tempo possível”.


Lula vai discursar na abertura da cúpula. O papa Bento XVI também vai falar.


São mais de um bilhão de pessoas que passam fome. E a cada seis segundos uma criança falece em razão da subnutrição.


É chocante, mas tenham a certeza que isso não sensibiliza. Que o digam o sr. Diouf e o sr. Ban Ki-moon. Afinal alguém está sabendo disso? Alguém leu, ouviu ou assistiu algo sobre?


Com a palavra Jacques Diouf: "O orçamento anual da FAO é menor que o dinheiro gasto em seis dias por nove países desenvolvidos, com comida para cães e gatos”.

Trágico!

Trágico e lamentável!

DONA CANÔ A LULA: DESCULPE CAETANO

Do Blog da Leila Cordeiro

Dona Canô, 102, não gostou de ter visto o filho Caetano chamar o presidente Lula de "analfabeto" . A matriarca de Santo Amaro (BA) e dos Velloso deve telefonar para Lula, hoje, segunda-feira, para afirmar que as opiniões de seu filho, Caetano, não representam o que ela e família pensam sobre o presidente.
Rodrigo Velloso, irmão de Caetano Veloso (foto) e Secretário Municipal de Cultura de Santo Amaro, distribuiu no fim de semana a seguinte nota:
"Venho a público esclarecer que a recente declaração, feita pelo cantor e compositor Caetano Veloso sobre o Presidente Lula, não expressa, em nenhuma hipótese, a opinião da família Velloso. Sua matriarca, Dona Canô, por meu intermédio, deseja se dirigir ao Governador Jaques Wagner, a todos os brasileiros e, principalmente, ao Presidente da República, com um sincero pedido de desculpas".

Brasil: E Lula acabou com a oposição

Do El País

El País – Madri
Brasil – Produziu-se na política brasileira um fenômeno único na América Latina, e talvez no mundo: o carismático presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu Executivo, que gozam de um índice de 84% de popularidade após seis anos de governo, acabaram com a oposição. E não o fizeram com métodos antidemocráticos, mas apropriando-se de suas bandeiras.
Já se sabia que Lula era um gênio político e que soube vencer as reticências no seio de seu próprio partido, o Partido dos Trabalhadores; de fato, dispõe-se a eleger uma mulher, a ministra Dilma Roussef, como sua sucessora nas eleições à presidência de 2010, apesar de nunca ter disputado cargos eletivos e de não ser uma figura bem vista aos olhos do PT. Mas ninguém jamais imaginou que ele seria capaz de eliminar democraticamente a oposição, tanto a de direita quanto a de esquerda.
Como conseguiu? Com uma política que, pouco a pouco, foi encurralando seus opositores. Cortou as asas da direita através de uma política macroeconômica neoliberal que está lhe proporcionando bons resultados nestes tempos de crise financeira mundial, graças às reservas acumuladas.
Ao mesmo tempo, tem limitado as pretensões dos movimentos sociais mais radicais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cujas ações o governo tem criticado, rotulado-as de ilegais e forçando-o a obedecer e respeitar a lei vigente. Além disso, manteve uma política ambiental bastante conservadora, o que agrada aos proprietários de terras e aos grandes exportadores, que formam o núcleo mais direitista do parlamento.
Também freou as esquerdas. Conseguiu silenciar a esquerda minoritária com uma política voltada às classes mais pobres do país, o que fez com que seis milhões de famílias passassem à classe média baixa e abandonassem seu estado de miséria de longa data. Disponibilizou crédito aos pobres que, agora, podem abrir uma conta no banco [gratuitamente, no Banco do Brasil] e ter um cartão de crédito [único meio de movimentação deste tipo especial de conta], o que os converte em participantes da roda da economia nacional.
Também tornou as coisas difíceis para a esquerda moderada. Hoje em dia, para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), grupo opositor com maiores possibilidades de ganhar as próximas eleições por contar com dois grandes candidatos (o governador de São Paulo, José Serra, e o de Minas Gerais, Aécio Neves), fazer oposição está mais difícil que antes. Os dois aspirantes do PSDB sabem que não poderão se eleger contra Lula. Por isso, só falam, como Neves acaba de fazer, de uma era “pós-Lula”, com um projeto de nação que contribua com algo novo ao projeto do presidente, que já goza da aprovação da grande maioria do país. Desde o primeiro dia de seu mandato, Lula manteve Henrique Meirelles, do PSDB, como presidente do Banco Central. E conservou e ampliou o projeto social Bolsa Escola, criado pelo PSDB, batizando-lhe de Bolsa Família. Este plano ajuda hoje 12 milhões de famílias, e nenhum partido de oposição se atreveria a criticá-lo.
Desde seu primeiro mandato, Lula não só soube reunir as contribuições de 12 partidos ao seu governo, mas também conseguiu manter até agora uma amizade pessoal com os candidatos opositores Serra e Neves; ambos, além disso, desfrutam de boas relações com o PT, e inclusive não descartam a possibilidade de governar junto ao partido de Lula caso cheguem ao poder.
Mas realmente não há espaço para a oposição no Brasil? Porque se for assim, há quem considere isso um grave obstáculo para uma autêntica democracia. Ela pode existir, segundo vários analistas políticos como Merval Pereira, mas o problema está no fato de que a oposição se assustou com a popularidade de Lula. Inclusive há políticos de oposição, sobretudo dos governos locais, que buscam uma foto junto a Lula para ganhar pontos com seu eleitorado.
Se a oposição quisesse, dizem os especialistas, poderia exigir de Lula que levasse a cabo as grandes reformas que este país ainda necessita para decolar mundialmente, como a reforma política (é possível governar com 30 partidos no parlamento?), a fiscal (o Brasil é um dos países com maior carga tributária do mundo: beirando os 40%), a da Previdência Social (Lula só a realizou em parte e, apesar de um escândalo de subornos para que deputados votassem a favor da reforma, permaneceu pequena), a agrária (não saiu do papel), a da educação (no Brasil o ensino secundário ainda não é obrigatório e a qualidade deste é uma das piores do mundo) e, por último, a penitenciária (os suicídios entre os presos aumentaram 40% ano passado).
Mas tudo isso se choca contra o muro da dialética política de Lula: seu carisma acaba neutralizando inclusive aqueles que outrora foram seus maiores antagonistas.

Brasil melhora cinco posições em ranking de corrupção

Da BBC Brasil

O país recebeu este ano 3,7 pontos, numa escala de 0 a 10, passando da 80ª colocação em 2008, para o 75º lugar entre 180 nações analisadas, posição compartilhada com Colômbia, Peru e Suriname.
Apesar da melhora, o Brasil continua entre os países com índice alto de percepção de corrupção. O Brasil está apenas quatro posições à frente de Burkina Faso, China, Suazilândia e Trinidad e Tobago.
O índice é calculado com base em pesquisas feitas por instituições de renome, que ouviram especialistas e empresários, convidados a dar sua opinião sobre a percepção que têm da corrupção existente entre funcionários públicos e políticos de seus países.
A situação do Brasil é comparável à da América Latina como um todo: 21 dos 31 países da região incluídos no levantamento receberam pontuação abaixo de 5, indicando problemas sérios de corrupção. Nove deles não passaram dos 3 pontos, marco indicativo de corrupção desenfreada.
“Economias líderes na região, que deveriam se tornar bastiões anticorrupção, foram sacudidas por escândalos envolvendo impunidade, subornos, corrupção política e abuso da máquina pública”, diz o documento.

FAO: Erradicar a fome custa 44 bilhões de dólares

Da Prensa Latina

Roma, 16 nov (Prensa Latina) A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) afirmou hoje que são necessários 44 bilhões de dólares para erradicar a fome no mundo, durante uma Cúpula de Dignatários nesta capital. Em seu discurso inaugural da reunião, o Diretor Geral da FAO, Jacques Diouf, afirmou que a ajuda ao desenvolvimento desse montante deveria se concentrar em investimentos em infra-estruturas, tecnologia e equipes.
Recordou que na Cúpula do Grupo dos Oito (G-8) de LÂ�Aquila, Itália, neste ano, se fez a promessa de mobilizar 20 bilhões de dólares em três anos para esses objetivos "Naturalmente, os países em via de desenvolvimento necessitam de maiores fundos em seus orçamentos para a agricultura, a geração de empregos e competir contra mercados que gozam de subsídios", pontualizou.
Destacou em particular os esforços conjuntos da FAO com o Programa Mundial de Alimentos, representado aqui por sua diretora executiva, Josette Sheeran, e pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, com seu presidente Kanayo Nwanze à frente.
Diouf reiterou que na atualidade são mais de um bilhão de pessoas com fome no mundo, 105 milhões adicionais em relação com o ano passado.
A produção deve elevar-se em 70 por cento no mundo e o dobro nas nações subdesenvolvidas para poder acompanhar as expectativas de um aumento da população para 9,1 bilhões de habitantes em 2050, sublinhou.
Anteriormente, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, estremeceu o auditório na sede da FAO ao sentenciar que mais de 17 mil crianças vão morrer de fome hoje no mundo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Brasil é 7º em ranking de prejuízo com furtos no varejo

Da BBC Brasil

Os prejuízos causados por roubos ao comércio varejista no Brasil aumentaram 6,6% em 2009 na comparação com 2008, segundo levantamento global do Centro de Pesquisas do Varejo, na Grã-Bretanha. O país aparece em sétimo lugar no ranking de perdas provocadas por crimes, atrás apenas de Índia, Marrocos, México, África do Sul, Turquia e Tailândia.
No Brasil, os roubos provocaram prejuízo equivalente a 1,62% das vendas do varejo, num total de US$ 2,2 bilhões (R$ 3,8 bilhões). Em todo o mundo, as perdas chegam a US$ 114,8 bilhões (R$ 197 bilhões), o que representa 1,43% das vendas. Na comparação com 2008, houve aumento de 5,9% das perdas mundiais.
O número leva em consideração roubos e também perdas causadas por falhas processuais, como erros contábeis. Excluindo as falhas, mas incluindo na conta os recursos investidos em prevenção aos roubos, os gastos do comércio mundial em 2009 chegaram a US$ 120,5 bilhões (R$ 208 bilhões).
No Brasil, o custo dos crimes contra o varejo somado aos investimentos em prevenção chegou a US$ 2,1 bilhões (R$ 3,6 bilhões) em 2009, 0,74% maior do que o de 2008.
A pesquisa foi realizada em 41 países, onde 1.069 empresas responderam ao questionário. Em 38 nações houve percepção de aumento nos roubos no varejo. As maiores altas foram registradas na Eslováquia (9,8%) e na África do Sul (8,2%).
O Brasil aparece em 15º lugar no ranking do número de comerciantes que relataram aumento dos prejuízos em cada país, com 37,5%. O maior percentual de varejistas que observaram crescimento do número de roubos está na Itália (54,2%), seguida por África do Sul (52,6%) e Estados Unidos (51,7%).
Um terço dos varejistas de todo o mundo acredita que o aumento do número de roubos praticados por clientes tem relação com a crise econômica mundial. Na América Latina, o percentual é de 37,1%, mas na América do Norte chega a 47,5%.
Na América Latina e América do Norte, o principal problema são os roubos praticados por funcionários, enquanto nas demais regiões pesquisadas (Europa, Ásia-Pacífico e Oriente Médio-África), o maior volume de perdas é causado por roubos praticados por clientes.
No Brasil, 41,2% dos prejuízos foram causados por funcionários, somando US$ 941 milhões (R$ 1,6 bilhões). Roubos realizados por clientes representaram 33,8%, das perdas e o restante é atribuído a fornecedores (8,2%) e erros internos (16,8%).
Apesar do aumento do número de roubos, a crise econômica levou os comerciantes a gastarem menos este ano na prevenção aos roubos. Os gastos nos 12 meses encerrados em junho de 2009 foram de US$ 24,5 bilhões (R$ 42,5 bilhões), uma queda de US$ 930 milhões (R$ 1,6 bilhões) na comparação com o ano anterior. No Brasil, os gastos em prevenção às perdas somaram US$ 293 milhões (R$ 508 milhões).
Em 2009, 5,8 milhões de pessoas foram flagrados roubando pelos varejistas em todo o mundo, 500 mil a mais do que no ano anterior. Desse total, 85,6% eram clientes e 14,4%, empregados.
As mercadorias mais visadas são roupas e acessórios, cosméticos, alimentos, CDs, DVDs e produtos eletrônicos.

Desembargador afirma que tráfico de pessoas já superou tráfico de drogas


Do site Adital


Por Tatiana Félix



Militante na luta em defesa dos direitos humanos, o desembargador Antônio Carlos Malheiros há quatro anos representa o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (região sudeste do país) na Comissão de Combate ao Tráfico de Pessoas, órgão ligado à Secretaria de Justiça do Estado.
Segundo ele, a Comissão desempenha um trabalho de estudo e análise sobre a atividade criminosa, a fim de combater o tráfico não só no estado de São Paulo, mas em todo o Brasil.
Ele informa que os membros da entidade procuram observar o modo como as vítimas são traficadas. "Existe uma multiplicidade de pessoas trabalhando no combate ao crime e temos procurado avançar cada vez mais, porque o tráfico está se sofisticando", declara.
"O Tráfico de pessoas já está em segundo lugar nas atividades criminosas mais lucrativas do mundo. Já superou o tráfico de drogas e perde apenas para o tráfico de armas", informa.
Malheiros define o tráfico de seres humanos como uma das piores coisas que podem acontecer na vida de homens, mulheres, crianças e adolescentes, sendo uma chaga que acomete não só países empobrecidos, mas também a comunidade europeia.
Para ele, um dos motivos que facilita a ação de aliciadores e traficantes é a situação de miséria de algumas regiões, crianças nas ruas e, no caso da Europa, a facilidade de trânsito entre as fronteiras.
Em São Paulo, assim como em outros estados, as regiões que servem de rota para o tráfico e que apresentam maior número de vítimas, são aquelas mais pobres em situação de vulnerabilidade social. Malheiros cita como exemplo a Região do Vale do Ribeira, interior paulista.
O desembargador, que é também Coordenador das Varas da Infância e Juventude do Estado de São Paulo, cita ainda o tráfico de crianças para fins de adoção ilegal, e alerta as pessoas para estarem sempre atentas com os pequenos em locais movimentados.
Sobre o tráfico com finalidade para a chamada prostituição infantil, Malheiros esclarece que o que ocorre, na verdade, é a exploração sexual exercida por adultos sobre as crianças. Isso porque, de acordo com ele, a criança não negocia um programa, característica da atividade da prostituição.
Por enquanto, campanhas de informação têm sido feitas a fim de conscientizar a população sobre os perigos do tráfico. Há cerca de um ano, informa ele, uma campanha para denunciar o tráfico de mulheres vem sendo executada, já que a população feminina é o principal alvo deste comércio ilegal, que explora as mulheres, principalmente, para fins sexuais.


Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas



Em vigor desde janeiro de 2008, o Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, política do Governo Federal, tem o objetivo de prevenir e reprimir este crime, responsabilizar seus autores e garantir atenção e suporte às vítimas.
Para o desembargador, o Plano tem sido satisfatório às necessidades, mas ainda precisa de avanços. Embora existam políticas públicas e entidades que trabalham no enfrentamento a este crime que fere a dignidade do ser humano, ainda faltam dados atuais sobre a realidade no país. Malheiros diz que ainda é necessário a realização de muitas pesquisas na área para que haja maior operação de combate ao tráfico de seres humanos no Brasil.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Filho de Pablo Escobar pede perdão pelos crimes do pai em filme

Da Folha Online

O último telefonema feito pelo chefão do narcotráfico colombiano Pablo Escobar antes de ser abatido a tiros em Medellín foi para o seu filho, e muitos imaginavam que Juan Pablo Escobar seguiria os passos do pai. Mas, 16 anos depois, Juan Escobar pede perdão às vítimas do pai em um documentário que estreia esta semana no festival de cinema de Mar del Plata, na Argentina.

O traficante colombiano Pablo Escobar e o filho Juan Pablo, atualmente Sebastián Marroquin, em foto tirada em Medellín
Juan Pablo Escobar fugiu da Colômbia em 1994, um ano depois de seu pai ser executado a tiros por forças de segurança colombianas. Desde então ele vive tranquilo em Buenos Aires, onde é arquiteto, usando o nome de Sebastián Marroquin. "Como membros da família Escobar, temos que assumir a responsabilidade pelo que aconteceu e pedir perdão por tudo o que a Colômbia sofreu em função dos crimes de meu pai", disse ele à Reuters.
Marroquin, 32, disse que decidiu abrir mão do anonimato em um esforço para promover a reconciliação em seu país natal, onde as forças de segurança continuam a combater traficantes de drogas que ocuparam o vazio deixado pelos grandes cartéis dos anos 1980 e 1990.
No filme "Los Pecados de Mi Padre" ("Os Pecados de Meu Pai", em espanhol), Marroquin conta a história de Pablo Escobar e encontra os filhos de duas das mais destacadas vítimas de seu pai: o ex-ministro da Justiça Rodrigo Lara Bonilla e o candidato presidencial Luis Carlos Galan.
Lara Bonilla e Galan ousaram bater de frente com Escobar e pagaram pela ousadia com suas vidas. O filho mais velho de Galan disse que o encontro com o filho de Escobar em Bogotá ajudou sua família a encerrar aquele capítulo triste de suas vidas. "Num primeiro momento nos sentimos muito nervosos e incomodados. Mas no final ficamos aliviados e nos libertamos dos sentimentos de ódio", explicou Claudio Galan. "Agradecemos a ele por isso".
Poderoso
Pablo Escobar foi o chefe supremo de uma das mais poderosas organizações criminosas do mundo e o foragido mais procurado da Colômbia. Milhares de pessoas morreram na violência desencadeada por seu cartel de Medellín. De acordo com a revista Forbes, a fortuna de Escobar chegou a mais de US$ 3 bilhões.
O filme oferece um vislumbre da vida familiar de Escobar. Marroquin recorda como o chefão do narcotráfico lia histórias para sua irmã menor na hora de dormir e o ensinou a andar de bicicleta. Ele também descreve as casas da família, as viagens ao redor do mundo e como seu pai encomendou mais de 200 animais exóticos, que foram enviados de avião a sua fazenda, a Hacienda Nápoles.
"Eu me sentia como se tivesse nascido na Disneylândia. Eu curtia aquele clima mágico, mas ele não durou", disse ele.
Tudo mudou quando Escobar ordenou o assassinato de Lara Bonilla. No dia seguinte, a família fugiu para o Panamá e, mais tarde, foi viver escondida em Honduras. Quando eles retornaram à Colômbia, tiveram medo de ser sequestrados ou mortos pelos muitos inimigos do chefão. Marroquin disse que a vida se tornou insuportável quando as forças de segurança apertaram o cerco a Pablo Escobar, antes de matá-lo.
Durante uma invasão da polícia, a família foi obrigada a sobreviver por uma semana com apenas uma panela de dobradinha embolorada, apesar de ter US$ 2 milhões em dinheiro vivo nas malas. "Isso faz você perceber que o dinheiro das drogas não pode salvá-lo", disse Marroquin. "Tínhamos US$ 2 milhões na mão, mas estávamos quase morrendo de fome e não podíamos comprar nem sequer um quilo de arroz."
A repressão implacável movida pelo governo vem melhorando a segurança na Colômbia nos últimos anos, mas assassinatos e sequestros ligados ao narcotráfico continuam a devastar a vida do maior produtor mundial de cocaína, mais de 15 anos após a morte de Escobar. Marroquin espera que o filme incentive o diálogo na Colômbia.
"Chegou um momento em que preservar minha vida se tornou menos importante que lutar por algo maior", disse ele. "Posso ser um sonhador, mas fiz esse filme devido a essa convicção".

Maior empresa do Brasil, Petrobrás seria a 3ª nos EUA

Do Portal Vermelho

Se a Petrobrás e a Vale fossem americanas, ocupariam a 3ª e a 15ª posição, respectivamente, num ranking que reúne as 20 maiores companhias abertas dos Estados Unidos. O ranking foi elaborado na segunda-feira pela Economática com base no valor de mercado dessas empresas.
A Petrobrás, avaliada em US$ 207,9 bilhões no dia 9, está apenas atrás da Exxon Mobil, cujo valor de mercado era de US$ 345,8 bilhões nessa data, e da Microsoft Corporation, avaliada em US$ 257,4 bilhões. Nessa lista, o valor de mercado da Petrobrás supera, por exemplo, o do Walmart, o maior varejista do mundo (US$ 200,6 bilhões), a Apple, gigante de equipamentos de informática (US$ 181,5 bilhões) e o Google, por exemplo, que vale US$ 178,5 bilhões.
Já o valor de mercado da Vale nesse ranking é de US$ 141,9 bilhões, cinco posições à frente da Coca-Cola, avaliada em US$ 128,6 bilhões. Excluindo a Petrobrás desse ranking, a companhia ocuparia a 14ª posição. Numa análise comparativa, desde o início do governo Lula até hoje, a Petrobrás subiu 118 posições nesse ranking, enquanto a Vale ascendeu 139 posições, excluindo a Petrobrás.
Segundo o gerente de Relações Institucionais da Economática e responsável pelo estudo, Einar Rivero, dois fatores contribuíram para a ascensão das companhias brasileiras. O primeiro, e o que mais pesou, foi a recuperação do valor de mercado das empresas depois da crise. O segundo fator foi queda do dólar em relação ao real, de 27% neste ano. Com isso, o valor de mercado em dólar das companhias abertas brasileiras cresceu por causa do câmbio.
Pico de valor de mercadoApesar da recuperação, o valor de mercado tanto da Petrobrás como da Vale é menor que o estimado em 2007. “O ano de 2008 foi trágico para as companhias abertas”, afirma Rivero. No ano passado, a Petrobrás ocupava 17 ª posição nesse ranking e valia US$ 95,8 bilhões, depois de ter alcançado a 5ª posição em 2008, sendo avaliada em US$ 242,7 bilhões.
No caso da Vale, a companhia estava na 32ª posição no ranking em 2008 e valia US$ 58,5 bilhões. Em 2007, ocupava a 17ª posição e estava avaliada US$ 152,7 bilhões. Mesmo com a recuperação do valor de mercado, a Petrobrás hoje vale quase 15% menos que em 2008. No caso da Vale, o diferencial é bem menor, de 7%.
Segundo o estudo, entre 31 de dezembro de 2002 e o dia 9 deste mês, a Petrobrás conseguiu ficar sete vezes na segunda posição no ranking das empresas americanas.