terça-feira, 3 de março de 2009

“É uma guerra de resistência; temos que segurar o manche e agüentar"


Da Agência Carta Maior


"Estamos diante de uma tempestade global. Não é apenas a violência que assusta; é, principalmente, o fato de que a sua origem financeira torna tudo absolutamente opaco no horizonte da economia internacional. Mente quem disser que sabe o que virá e quanto vai durar", diz, em entrevista à Carta Maior, Maria da Conceição Tavares, que falará quinta-feira (5), no seminário promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). "Minha percepção mais clara é de que será uma guerra de resistência; e que o Brasil tem condições de segurar o manche, e agüentar”, assinala.


A taxa de juro mais alta do mundo finalmente mostra para que serve: serve para ser corrigida agora.


Conceição brinca enquanto dispara sem dó: “Desta vez, temos ainda uma vantagem paradoxal; e aí devemos reconhecer o serviço prestado pela ortodoxia: há um enorme espaço macroeconômico para 'flexibilizar a política monetária’, como eles gostam de dizer”, ironiza a professora com um sorriso e aciona de novo o gatilho: “A taxa de juro mais alta do mundo finalmente mostra para que serve: serve para ser corrigida agora na crise. Basta que façam isso e o país já ganhará um substancial reforço na capacidade fiscal para implementar ações anti-cíclicas. Cada ponto a menos na taxa de juro reduz em uma dúzia de bilhões o custo da dívida pública”.

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