terça-feira, 3 de março de 2009

Governo cria fórum para setor de confecções

Do Blog da CDL

Texto de Sarah Eleutério
Repórter da folha de Pernambuco



Na contramão da crise financeira mundial, a cadeia têxtil brasileira espera que o mercado nacional cresça ao menos 6% este ano. Não é otimismo, o setor explica que as dificuldades no mercado fecharão as portas das importações no País, o que estimulará a venda dos produtos nacionais. E em Pernambuco, que tem o segundo maior polo de confecções do País, a expectativa é boa, já que o Governo do Estado começa a implantar um fórum que objetiva ampliar as discussões com representantes da categoria.
Apesar de o Brasil ser o 6° maior produtor têxtil no comércio mundial, a participação no mundo ainda é pequena. Dos mais de US$ 460 bilhões movimentados por ano, o Brasil conta com apenas 0,5% de representação. No Nordeste, o problema não é menor e, para identificar os entraves do crescimento do setor, o Governo do Estado tem promovido encontros com representantes da cadeia têxtil.
“O Fórum Estratégico de Competitividade da Cadeia Têxtil de Confecções ainda está em processo de implementação, mas a intenção é fazer com que os produtores de Pernambuco possam expandir seus negócios”, disse o gerente geral de Projetos Intersetoriais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, Felipe Chaves.
Para o presidente do Sindicato da Indústria Têxtil de Pernambuco (Sinditêxtil), Oscar Rache, a crise é grande. “Mas não podemos deixar de ver o lado positivo desse fenômeno, que será a redução da competitividade das confecções brasileiras com as chinesas, por exemplo”, revelou Rache, lembrando que Pernambuco produz cerca de 15% do que é fabricado no Brasil. “Os nossos empresários precisam tomar consciência dessa oportunidade”. Estima-se que as importações na cadeia têxtil cairão, em média, 30% este ano e, com isso, cerca de 6% do mercado brasileiro sobrará para quem produz internamente.

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