quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Uma invasão menor da China

Do Jornal do Commercio

A indústria têxtil de Pernambuco aposta num arrefecimento das importações para fechar 2009 com resultado positivo. Mesmo com a possibilidade de a China desovar produtos por aqui em função da retração de consumo em outro mercados (provocada pela crise financeira mundial), os empresários acreditam que com o dólar no patamar atual, os chineses se tornem menos competitivos. O Sindicato da Indústria Têxtil no Estado acredita numa redução de 30% nas importações de produtos a base de fios sintéticos (segmento onde a China é mais competitiva) e de 20% em outros itens, como índigo blue.
Até setembro do ano passado, o setor vinha apresentando desempenho positivo, até a crise se agravar. As contas do setor também levam em consideração o comportamento do PIB para fazer suas projeções. Se a economia crescer entre 2,5% e 3%, as perspectivas são de um ano positivo para os têxteis. Abaixo disso, o setor volta a patinar.
O crescimento das importações nos últimos anos inverteu o sinal da balança comercial do setor. Enquanto em 2004 o setor comemorava um superávit de US$ 600 milhões, no ano passado a balança fechou com um saldo negativo de US$ 2 bilhões. Para se ter uma ideia, as importações totalizaram US$ 3,5 bilhões. O setor de confecções também deve seguir o ritmo da indústria têxtil. A partir de setembro de 2008, as grandes redes começaram a reduzir suas compras, aguardando o desenrolar da crise. Grande contratador de mão de obra, a torcida é para que o setor consiga driblar a crise.

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