terça-feira, 20 de janeiro de 2009

INDIFERENÇA HUMANA

Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada.Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada.Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada. No Caminho com Maiakovski - Eduardo Alves da Costa


Primeiro levaram os negros mas não me importei com isso, eu não era negro. Em seguida levaram alguns operários mas não me importei com isso, eu também não era operário. Depois prenderam os miserávei mas não me importei com isso porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados mas como tenho emprego também não me importei...
Agora levam-me a mim mas já é tarde.Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo.
Bertold Brecht (1898-1956)


Um dia vieram e levaram o meu vizinho que era judeu.Como não sou judeu, não me incomodei.No dia seguinte, vieram e levaram o meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram o meu vizinho católico.Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e levaram-me. Já não havia mais ninguém para reclamar...
Martin Niemöller, 1933 - símbolo da resistência aos nazistas.










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