terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Paraíba sob suspeita

Do Blog do Magno

Já era previsível que a morte do advogado e ex-vereador de Itambé, Manoel Bezerra de Mattos Neto, tivesse repercussão internacional não só pela sua luta em favor dos direitos humanos como pela desconfiança de que grupos de extermínios estejam envolvidos. Principal território de ação de Manoel, Itambé, que faz divisa com a Paraíba, é considerado área de desova.

E, por incrível que pareça, apesar da “fama”, nunca foi objeto de uma ação policial comum entre os Estados de Pernambuco e Paraíba. Mas um fato me chamou atenção, ontem, quando me inteirava do assunto: a contundente declaração do deputado Luiz Couto (PT-PB) responsabilizando a polícia paraibana pelo assassinato. Corajoso, Couto fala com conhecimento de causa.

Na CPI do Extermínio da Câmara, o deputado foi responsável pelos maiores avanços nas investigações feitas até então. Partiu dele a iniciativa de colocar em pauta a ação dos grupos de extermínio no Nordeste, começando pela Paraíba no eixo de Itambé. Couto não seria louco ou irresponsável a ponto de colocar a sua vida em risco.

Se ele diz que o crime tem o DNA da polícia do seu Estado, está aí o caminho das pedras para a Polícia Federal, que, ontem, assumiu as investigações do assassinato. O deputado, aliás, já se ofereceu para ajudar no trabalho policial. Merece, portanto, os aplausos da sociedade.

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