quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Crise gera cortes na indústria têxtil, que prevê menos contratações em 2009

Do Folha Online


CIRILO JUNIORda Folha Online, no Rio

A crise financeira chegou com força na indústria têxtil no final do ano passado, gerando demissões, mas a alta do dólar deverá garantir ao setor um 2009 "menos trágico", segundo o presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), Aguinaldo Diniz.
Em novembro e dezembro, a projeção é que tenham ocorrido cerca de 20 mil de demissões no setor. Isso fará com que o número de empregos gerados em 2008 tenha somado 40 mil novos postos. Antes da crise, a expectativa da indústria têxtil era de que 55 mil novos empregos seriam criados.
Para 2009, Diniz projeta a criação de 35 mil empregos no setor, que segundo ele, deverá ser um dos menos afetados pela crise. Ele explica que segmentos de bens não-duráveis e semi-duráveis, que não são tão dependentes do crédito, sentirão a crise em escala menor.
O setor têxtil terá ainda como aliado o dólar mais caro, que já vem propiciando maiores exportações e menores compras de outros países, beneficiando a balança comercial do setor, que vinha sofrendo com a concorrência de outros países, principalmente a China. No ano passado, a balança do setor fechou com déficit de US$ 2 bilhões, o dobro do verificado em 2007.

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