sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Nielsen diz que consumo do brasileiro cresce

Do Monitor Mercantil

O consumo está crescendo no país e os números mostram que os brasileiros voltaram a buscar os itens de sua preferência e não, apenas, os mais baratos. Os dados, divulgados ontem, constam no estudo "Crise ou Incerteza", da Nielsen Brasil, para quem a percepção do bom momento da economia também foi verificada em um levantamento global da empresa, que coloca o país em quarto lugar no ranking mundial de confiança do consumidor, atrás apenas de Indonésia, Índia e Filipinas. A confiança do brasileiro está em 96 pontos, 14 acima da média global e da Argentina, para citar um país próximo, ambas com 82.
Os dados mostram, ainda, que o otimismo do brasileiro em relação ao emprego para os próximos 12 meses, finanças pessoais e compras de produtos necessários ou desejados.
- Ainda não retornamos aos níveis pré-crise, mas a recuperação de janeiro para a agosto é bastante expressiva e indica que estamos chegando lá. Em relação ao trabalho, por exemplo, a perspectiva saltou de 33% no primeiro trimestre de 2009 para 46% no penúltimo trimestre deste ano (nos três meses anteriores à crise, a perspectiva era de 61%) - comentou Sérgio Pupo, executivo de Atendimento da Nielsen.

Movimento de classes - Na análise de consumo por nível socioeconômico, a força das classes D+E, que representam 36% dos consumidores, ficou ainda mais evidente com o crescimento em todos os aspectos avaliados (freqüência no ponto de venda, tíquete médio - ou valor gasto por compra feita - e gasto total). Entretanto, houve queda no tíquete médio dos consumidores de nível socioeconômico C, mas aumento na freqüência no ponto de venda.
- Esta informação mostra que o conceito de "compra do mês" está cada vez mais distante das classes C e D+E. A visita destes brasileiros ao ponto de venda está cada vez mais "objetiva". Ou seja, eles vão para comprar os itens necessários para um determinado espaço de tempo e não se preocupam em estocar produtos.
A recuperação do número de categorias que voltaram a crescer aos patamares de 2007 é outro sintoma de que o país vive uma onda otimista.
- No comparativo entre 2008 e 2007, 21% das categorias cresceram e 47% permaneceram estáveis. Já na comparação entre os primeiros semestres de 2009 e 2008, o crescimento foi de 42% e o índice de estagnação caiu para 31%.

Investimentos - As cestas demonstram crescimento de 1,7%, com destaque para as que trazem melhores propostas de custo benefício e remetem à praticidade, e inovação. A categoria iogurtes cresceu 10,5% com os investimentos em linhas light e diet e o lançamento de embalagens econômicas.
- Já o mercado de bebidas energéticas, que cresceu 49,7%, e de isotônicos, cujo aumento foi de 27,7%, foram impulsionados pela entrada de novos players.
Na comparação entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período de 2008, os destaques são as cestas de bebidas não-alcoólicas e perecíveis, ambas com crescimento de 3,6%.
Entre todas as ações para chamar a atenção dos compradores, as ações no ponto de venda (PDV) foram as que se mostraram mais eficazes. De acordo com o levantamento, as iniciativas no ponto de venda incrementaram as vendas em 55%.
- Os varejistas e a indústria já perceberam que a aproximação criativa e com foco no freqüentador da loja é fundamental para incentivar a venda de novos produtos.

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