segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Situações de estresse no trabalho podem levar à depressão


Do Jornal O Rebate


Por Carla Fornazieri


A Organização Mundial da Saúde aponta que até 2020 a depressão passará da 4ª para a 2ª colocada entre as principais causas de incapacidade para o trabalho no mundo

A competitividade no mercado de trabalho aumentou significativamente nos últimos anos. Seus efeitos são rotinas extremamente estressantes e funcionários submetidos à pressão contínua na busca de resultados e melhora de desempenho. Estes são fatores que podem afetar diretamente a qualidade de vida e saúde do empregado, causando inclusive quadros de depressão.


Alguns dos primeiros sinais de um quadro depressivo são irritabilidade, insônia, dores sem causa clínica definida, cansaço excessivo, baixa produtividade e dificuldade para tomar decisões, que não passam mesmo após um período de férias, por exemplo. Além da pressão e do excesso de trabalho representarem complicadores, situações variadas podem atingir os indivíduos de forma diferente.


“As atribuições do cargo também devem ser consideradas fator de risco para a doença. Um executivo, por exemplo, que não gosta de falar em público, sentindo-se desconfortável e ansioso, mas precisa fazer apresentações a grupos ou dar palestras pode ser forte candidato a torna-se depressivo. Situações repetitivas de estresse psicológico como essa podem ser decisivas para desencadear a depressão”, explica o psiquiatra e professor da Unifesp (Universidade Federal da Universidade de São Paulo, Acioly Lacerda.


Em longo prazo, quadros de depressão não tratados podem resultar no afastamento das atividades, elevando o absenteísmo nas empresas, ou até mesmo em demissão, já que a baixa produtividade e o desinteresse pela rotina podem afetar a avaliação da empresa sobre o funcionário. “É importante reconhecer os sintomas emocionais e físicos o quanto antes, procurar ajuda médica e seguir o tratamento corretamente, para a completa remissão da doença – ou seja, a ausência completa dos sintomas”, afirma o psiquiatra.


Principais sintomas da depressão:

. emocionais: tristeza, perda de interesse, ansiedade, angústia, desesperança, estresse, culpa, ideação suicida.

. físicos: baixa energia, alterações no sono, dores inexplicáveis pelo corpo (sem causa clínica definida), dor de cabeça, dor no estomago, alterações no apetite, alterações gastrintestinais, alterações psicomotoras, entre outras.


A depressão, muitas vezes, se manifesta emocionalmente e fisicamente no paciente, causando diversas dores e incômodos. Para estes quadros, existem tratamentos que combatem ao mesmo tempo essas duas classes de sintomas, com perfil de tolerabilidade, aspecto importante para uma medicação que geralmente necessita ser utilizada por períodos longos. É o caso da duloxetina, uma moderna opção medicamentosa que age nos sintomas emocionais (tristeza, ansiedade, humor depressivo) e físicos (fadiga, dores vagas e difusas no corpo) da depressão.

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