terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ampliando o inexplicável


Do Blog do Magno


Suplentes de vereador de todos os recantos do País invadiram Brasília desde ontem, para acompanhar a votação da PEC que abre mais 7,3 mil vagas nas câmaras municipais. Ninguém mais tem dúvida de que a matéria será aprovada, mas os argumentos dos que passaram a defender a matéria são frágeis diante da pressão dos interessados.

Após a aprovação do texto original na Comissão Especial, o deputado Gonzaga Patriota (PSB) - “padrinho dos suplentes” - chegou a confessar que não poderia recuar na sua firme decisão pelo fato de correr o risco de perder o apoio de uma legião de suplentes.

Ao chegar, ontem, a Brasília, o deputado estadual Ciro Coelho (DEM) disse, sem arrodeios, que estava engrossando o bloco dos suplentes pela aprovação, porque em Petrolina tem cinco suplentes em seu grupo torcendo para assumir os seus mandatos. As ponderações, pelo visto, representam um imediatismo político inaceitável.

Num País como o Brasil, entretanto, não é de se espantar. Mesmo, convenhamos, que o aumento de vereadores venha a representar menos despesas ao erário, ninguém acredita que mais representação parlamentar traga melhorias para os municípios. Essas câmaras, aliás, nem espaço dispõe para abrigar tanta gente. São coisas de uma nação tupiniquim, na qual os políticos só olham do seu umbigo para baixo.

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