quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Mundo terá mais 20 milhões de desempregados neste ano

Do Portal Vermelho

O FMI e o Banco Mundial (Bird) prevêem que a crise vai deixar mais 20 milhões de pessoas desempregadas até 2009. O desemprego urbano na América Latina e Caribe já chegou a 8,5%, no segundo trimestre de 2009, e pode fechar o ano nesse nível, segundo projeção da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).No país desenvolvidos, o desemprego médio deve passar de 8,2%, em 2009, para 9,3%, em 2010, segundo o FMI. Em 2007 era de 5,4% chegando a 5,8%, ano passado. Nos EUA, em outubro o desemprego chegou a dois dígitos (10,2%), o maior nível desde abril de 1983, enquanto as projeções para a Zona do Euro indicam que o desemprego fechará 2009 na casa dos 11,7%. O economista Jardel Leal, do Dieese, observa que os efeitos da crise no mercado de trabalho se mostram mais persistentes nos países mais financeirizados, como Espanha e Reino Unido. E a crise é agravada pelo rompimento dos pactos distributivos: "Na Inglaterra, a financeirização levou, inclusive, a um processo de desindustrialização. O mercado financeiro ganhou uma dimensão muito grande e o país é afetado por tudo o que acontece no mundo." Para Leal, a dúvida é sobre até que ponto as populações dos países desenvolvidos aceitarão taxas elevadas de desemprego. Ele avalia que, sem alternativas, aqueles países devem culpar os imigrantes. "O governo entra para defender os bancos, mas a população não vai ficar esperando que a economia melhore. Vai exigir uma política de recuperação do mercado de trabalho e da renda", alertou, acrescentando que, se as crises que sucederam à de 1929 geraram o pacto social democrata, hoje não se cogita isso naqueles países, "pois as bases políticas para o pleno emprego foram desmontadas com a crise do Estado de bem- estar social", resume.

Nenhum comentário:

Postar um comentário