sexta-feira, 19 de junho de 2009

Desde 91, não havia tanto "voador"

Do Monitor Mercantil

EM MAIO, A CADA MIL CHEQUES, 25,2 NÃO TINHAM FUNDOS. É O PIOR ÍNDICE DESDE A ERA COLLOR
O número de cheques devolvidos atingiu em maio o maior patamar desde 1991. Segundo levantamento da Serasa, foram devolvidos 25,2 cheques a cada mil compensações. Ao todo, voltaram, por falta de fundos, 2,49 milhões de cheques, em maio, contra 98,74 milhões compensados.
Frente a maio do ano passado, a alta é de 18,9%. Na comparação com o mês anterior, houve piora de 13,5% no volume de cheques devolvidos. Foram devolvidos, em maio de 2008, 2,40 milhões de cheques, e compensados 113,19 milhões.
Apesar disso, o consultor econômico da Confederação Nacional da Indústria (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, avalia que ainda é cedo para dizer que a crise já tenha chegado ao varejo:
"Sem dúvida, é um sintoma de aperto, mas o varejo tem dados ainda favoráveis. Diferentemente da indústria, o setor tem desaceleração lenta e continua resistente, tanto que o nível de inadimplência caiu em São Paulo", observou, acrescentando que a perspectiva para o varejo não é ruim, por causa das isenções, da volta do crédito e da estabilidade da massa real de salários.
"O que aconteceu em maio, provavelmente, é reflexo do último trimestre do ano passado, quando houve muitas demissões. Boa parte dos cheques devolvidos é de pré-datados daquela época", ratificou.
O número de consumidores paulistanos endividados e inadimplentes caiu, de acordo com a pesquisa mensal da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).
O percentual de famílias endividadas apurado foi de 49% em junho, ante 52% em maio, o que iguala o índice ao registrado em junho do ano passado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário