sexta-feira, 3 de abril de 2009

Crise já fechou 120 jornais nos EUA

Do site Vermelho

Desde janeiro de 2008, 5 mil jornalistas já estão desempregados e 120 jornais fecharam ou apenas possuem edições on-line nos Estados Unidos. É o que aponta um relatório anual do Centro para a Excelência em Jornalismo do Pew Institute, que foi divulgado na semana passada e mostra os estragos feitos pela crise na imprensa americana.
As receitas publicitárias no setor caíram cerca de 23%. Segundo o Diário de Notícias, existe um debate sobre a intervenção do Estado para conter as demissões e os fechamentos. Benjamin Cardin, senador democrata, lançou a Lei de Revitalização dos Jornais. Espécie de “Proer da mídia”, a medida pretende converter as empresas de comunicação em organizações sem fins lucrativos, para ajudá-las e oferecer isenções fiscais.

A concentração dos meios de comunicação e a não-intervenção do Estado são citadas como possíveis causas da crise, já que as entidades reguladoras não atuaram no mercado para impedir o aglutinamento. Segundo Paul Gillin, ex-jornalista e especialista em marketing de meios de comunicação, é preciso descobrir um padrão econômico que possa dar continuidade aos jornais, impressos e on-line.

"As empresas de informação têm de focar os seus investimentos na cobertura das notícias em nível local e no desenvolvimento de modelos de publicidade que tirem partido dos benefícios das audiências locais”, diz Gillin. Segundo ele, a internet precisa ser mais explorada, focando as notícias regionais.

"A internet é ótima para espalhar uma mensagem publicitária em dimensão global, mas não funciona muito bem em nível local. E é aí que os jornais podem reforçar a sua presença, aproveitando essa oportunidade", complementou o especialista.

Da Redação, com informações do Adnews

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